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Política

- Publicada em 06 de Outubro de 2016 às 18:02

Projeto das 10 medidas não tem apoio 'cego', diz chefe da Lava Jato

Em audiência pública sobre as 10 medidas de combate à corrupção que tramita no Congresso Nacional, o delegado Igor Romário de Paula, que está à frente da Operação Lava Jato, afirmou que a polícia apoia o projeto, mas não de maneira "cega e irrestrita".
Em audiência pública sobre as 10 medidas de combate à corrupção que tramita no Congresso Nacional, o delegado Igor Romário de Paula, que está à frente da Operação Lava Jato, afirmou que a polícia apoia o projeto, mas não de maneira "cega e irrestrita".
Acompanhado do diretor-geral da entidade Leandro Daiello, que também foi convidado a falar sobre o tema, Romário de Paula criticou, na manhã desta quinta-feira, a concentração de poder no Mistério Público Federal (MPF) que pode decorrer da lei, caso seja aprovada.
O projeto é de autoria dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato e chegou ao Congresso após ter conseguido 2,1 milhões de assinaturas. Um dos pontos criticados pelo delegado foi o "teste de integridade", que seria aplicado por órgãos policiais, de fiscalização e controle, por meio de simulações durante o trabalho em que uma questão ética seja abordada, sem o conhecimento do funcionário.
"A medida propõe a obrigatoriedade dessa medida para policiais facultada a demais integrantes da administração pública. Se for adotada, tem que ser restrições, para todos", disse ele.
Romário de Paula aproveitou a oportunidade para trazer à tona outro tema que vem gerando conflitos entre Polícia Federal (PF) e MPF, a colaboração premiada. "Não faz sentido retroceder e concentrar a colaboração premiada em uma única instituição. Isso não funciona, limita a investigação por parte da polícia", criticou o chefe da Lava Jato na PF.
Em abril, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a constitucionalidade de trechos da Lei das Organizações Criminosas, que autoriza delegados de polícia a fecharem colaborações premiadas. A Procuradoria pede que o tribunal proíba a PF de fechar acordos. A PF vem sendo alijada de acordos da Lava Jato desde novembro do ano passado.
O diretor-geral da PF, Leandro Daiello, evitou entrar em polêmicas sobre a 10 medidas propostas pela força-tarefa da Lava Jato, mas alertou os deputados sobre o risco de aprovação de outras propostas que tramitam no Congresso, como a repatriação de recursos e a liberação dos jogos de azar.
"São algumas medidas negativas que nos preocupam e tramitam nessa casa que poderiam facilitar a lavagem de dinheiro", disse Daiello. O diretor-geral destacou, porém, que é necessário aprovar medidas que fortaleçam as investigações.
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