Sebastião Melo traça estratégias para o 2º turno

Depois de passar o dia concedendo entrevistas a veículos de comunicação, o vice-prefeito e candidato do PMDB à prefeitura de Porto Alegre, Sebastião Melo, se reuniu com a coordenação de campanha no final da tarde para traçar estratégias para a campanha.

Melo foi para o segundo turno com 25,93% dos votos válidos, atrás de Nelson Marchezan Júnior (PSDB), que totalizou 29,89% da preferência dos eleitores que compareceram às urnas neste domingo.

Pelo menos três assuntos devem entrar na pauta: a atração de novos aliados, especialmente Maurício Dziedricki (PTB), que terminou o primeiro turno na quarta colocação; a atração de eleitores que votaram no terceiro colocado, Raul Pont (PT), e na quinta colocada, Luciana Genro (PSOL); além da busca dos eleitores que votaram em branco, nulo, ou se abstiveram no primeiro turno (34,82% do total de eleitores).

Em entrevista ao programa web Politiquim, do Jornal do Comércio, Melo lembrou que "o PTB entrou no projeto do qual faço parte antes de mim. Está desde a primeira eleição do ex-prefeito José Fogaça (PMDB), em 2004. Por isso, antes de oficializarmos as nossas candidaturas, disse ao Maurício que, se ele fosse ao segundo turno, estaria junto com ele". Em seguida, garantiu que vai buscar o apoio dos petebistas: "Falei com o Maurício domingo, quando saiu o resultado da votação, e com algumas lideranças do PTB. Mas os partidos ainda estão fazendo uma avaliação da eleição. Pretendo conversar com eles, mas ainda não fiz oficialmente".

Melo também projetou que a campanha no segundo turno deve angariar votos entre o eleitorado de Pont e Luciana, que, ao todo, totalizaram 203.577 votos. "Só uma parte dos eleitores do PT e PSOL segue os partidos, o resto tem uma simpatia. Esses cidadãos vão tomar a decisão deles, vão consultar a si próprios. Não vão consultar a legenda, porque a maioria não tem essa relação partidária", analisou Melo.

O vice-prefeito disse ainda que pretende se aproximar dos 382.535 eleitores que justificaram o voto, anularam ou votaram em branco. "Entendo os cidadãos que não votaram (justificados, anulados ou em branco), porque olham para a política nacional e se desanimam ao ver os escândalos de corrupção na Lava Jato, por exemplo. Quero dialogar com esses cidadãos, porque o que está em jogo nestas eleições é o futuro da cidade."