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Eleições 2016

- Publicada em 03 de Outubro de 2016 às 01:48

Câmara de vereadores tem renovação de 30% na Capital gaúcha

Câmara vereadores
Onze é o número de novos vereadores que farão parte da Câmara de Vereadores de Porto Alegre a partir de 2017. Dos atuais 36 nomes que ocupam cadeiras no Legislativo, 31 buscaram a reeleição. Destes, 25 se mantiveram no cargo. Com isso, o índice de renovação é de 30%.
Entre os mais votados na eleição proporcional estão quatro vereadores da atual legislatura: Fernanda Melchionna (PSOL), Mauro Zacher (PDT), Dr. Thiago (DEM) e Rodrigo Maroni (PR). O quinto candidato com maior votação é Felipe Camozzato, do Partido Novo, sigla que disputou neste ano sua primeira eleição - ainda não possui representação partidária na Câmara dos Deputados.
Na renovação parlamentar, o PSDB voltou a ocupar uma cadeira com o candidato Ramiro Rosário - a sigla tinha perdido seu único representante na Casa, pois Mário Manfro deixou a legenda para integrar a Rede, e depois o PTB.
O único partido que perdeu vaga foi o PCdoB, que tem na atual legislatura a vereadora Jussara Cony, candidata à reeleição que não conquistou a vaga. Além da comunista, dos atuais vereadores que não obtiveram sucesso nas urnas estão Dinho (DEM), Delegado Cleiton (PDT), Lourdes Sprenger (PMDB), Comasseto (PT) e Mário Manfro (PTB).
Dos 16 partidos que participarão do novo mandato, sete contam com uma cadeira cada (Novo, PR, Pros, PSD, PSDB, Rede e SD).
A maior bancada passa a ser do PMDB, com cinco cadeiras, seguida pelo PTB, PP e PT, com quatro vereadores eleitos cada um. PDT e PSOL terão três vereadores cada um; DEM, PRB e PSB terão duas cadeiras cada.
O candidato a prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), além do vereador eleito pelo seu partido, contará com apoio da bancada do PP na Câmara, que representa o candidato a vice-prefeito na chapa, Gustavo Paim.
Sebastião Melo (PMDB) terá o apoio de parlamentares de oito bancadas, de acordo com as alianças formadas para o primeiro turno do pleito.
Totalizando sete vereadores, PT e PSOL já se declaram oposição à futura administração de Porto Alegre, independentemente de quem ganhe a eleição em segundo turno. Quatro bancadas, que juntas somam também sete cadeiras, ainda não se posicionaram se apoiam ou não Marchezan e Melo.
Permanece na próxima legislatura o reduzido número de mulheres, que continuarão com quatro vagas, uma representação de 11% da Câmara de Vereadores. São elas Fernanda, Sofia Cavedon (PT), Mônica Leal (PP) e Comandante Nádia (PMDB).

Fernanda Melchionna é a vereadora mais votada

"Os projetos do PSDB e do PMDB não nos representam", afirma Fernanda

"Os projetos do PSDB e do PMDB não nos representam", afirma Fernanda


MARCO QUINTANA/JC
É uma mulher a candidatura mais votada para compor a Câmara dos Vereadores de Porto Alegre. Entrando para o seu terceiro mandato no Legislativo da Capital, Fernanda Melchionna (PSOL) alcançou 14.630 de sufrágios, volume equivalente a 2,12% dos votos válidos do eleitorado porto-alegrense. Este é o segundo pleito seguido em que o partido elege o primeiro colocado em número de votos na Câmara - em 2012 o mais votado foi Pedro Ruas, atualmente deputado estadual.
Na avaliação de Fernanda, a colocação representa o interesse da população em um mandato que se coloque como fiscalizador do Executivo e assuma as lutas em defesa de grupos com pouca representação.
Ela apresenta como inspiração ao seu trabalho a militância de Ruas e Luciana Genro, considerando o PSOL como a "parte da esquerda que não se rendeu, que não se vendeu".
A vereadora atribui a recente mudança na legislação e o pouco tempo de exposição na mídia como principais motivos para a candidatura majoritária não ter alcançado o segundo turno. "O processo eleitoral foi completamente injusto. Essa nova lei fez com que tivéssemos apenas 12 segundos de televisão enquanto outros candidatos tinham verdadeiros latifúndios", criticou Fernanda.
Como houve dificuldade em fazer avançar um projeto político na candidatura majoritária, Fernanda defendeu a importância de se manter uma trincheira em defesa dos direitos do povo no Legislativo. "Essa nova lei foi 'draconiana' para não se consolidar uma nova alternativa de esquerda no Brasil", determinou. "Vamos fazer uma oposição firme e muito forte. Por óbvio os projetos do PSDB e do PMDB não nos representam."
Fernanda Melchionna é formada em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e é funcionária concursada do Banrisul.

Nova composição da Câmara Municipal de Porto Alegre

  • FERNANDA MELCHIONNA (PSOL): 14.630
  • MAURO ZACHER (PDT): 13.551
  • DR. THIAGO (DEM): 12.669
  • RODRIGO MARONI (PR): 11.770
  • FELIPE CAMOZZATO (NOVO): 10.488
  • ELIZANDRO SABINO (PTB): 9.845
  • SOFIA CAVEDON (PT): 9.670
  • VALTER NAGELSTEIN (PMDB): 9.300
  • ROBERTO ROBAINA (PSOL): 8.354
  • JOSÉ FREITAS (PRB): 7.728
  • ALVONI MEDINA (PRB): 7.712
  • MARCELO SGARBOSSA (PT): 7.585
  • MÔNICA LEAL (PP): 7.254
  • TARCISO FLECHA NEGRA (PSD): 7.106
  • ANDRÉ CARÚS (PMDB): 6.882
  • MÁRCIO BINS ELY (PDT): 6.858
  • COMANDANTE NÁDIA (PMDB): 6.809
  • MENDES RIBEIRO (PMDB): 6.691
  • IDENIR CECCHIM (PMDB): 6.342
  • RICARDO GOMES (PP): 5.822
  • JOÃO CARLOS NEDEL (PP): 5.346
  • CLÁUDIO JANTA (SD): 5.288
  • AIRTO FERRONATO (PSB): 5.125
  • DR. GOULART (PTB): 4.995
  • JOÃO BOSCO VAZ (PDT): 4.993
  • MAURO PINHEIRO (REDE): 4.984
  • CASSIÁ CARPES (PP): 4.963
  • PAULO BRUM (PTB): 4.850
  • RAMIRO ROSÁRIO (PSDB): 4.676
  • LUCIANO MARCANTÔNIO (PTB): 4.397
  • PUJOL (DEM): 3.772
  • PROF ALEX FRAGA (PSOL): 3.710
  • PAULINHO MOTORISTA (PSB): 3.691
  • OLIBONI (PT): 3.569
  • ADELI (PT): 3.387
  • PROFESSOR WAMBERT DI LORENZO (PROS): 2.906