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Opinião

- Publicada em 20 de Outubro de 2016 às 16:52

Rio, a cidade, de vez, partida

As primeiras previsões eleitorais para a prefeitura do Rio de Janeiro indicam uma inédita simetria das rejeições dos candidatos entre as zonas Norte e Sul. O avanço de Crivella, no seu contraponto com Freixo, decorre da perspectiva de um atendimento pela mobilização religiosa e em virtude de um desengano generalizado com a conduta política, hoje, no País. Claro, Crivella tem se extremado em garantir a desvinculação da crença na vida política, num contraponto ao seu rigoroso trabalho na África e à mobilização, pelo culto, da maior propagação evangélica no País. A resposta de Freixo é a de congregar todas as crenças da cidade, com forte apego, inclusive, para as crenças afro-brasileiras. Entremostram-se esses créditos no pleno vigor das suas diferenças e, inclusive, na pregação de um verdadeiro neofundamentalismo no seu congraçamento eleitoral. As candidaturas vão sofrer de uma falta de militâncias ostensivas e da precariedade, hoje, do "ir à rua" para a manifestação de suas forças. Ambos os candidatos passam, agora, a reuniões caseiras, de grupos, na tentativa de chegar a uma corrente eleitoral nos bairros adjacentes. A nova política de alianças, como se vê na aliança de Crivella com Índio da Costa, vai a um contraste com o seu discurso no primeiro turno. O mesmo deverá acontecer com o candidato Osório. E já desponta a composição do secretariado de Crivella com os antigos adversários. Identicamente, Crivella vai se beneficiar dos ataques ao PMDB e ao PSD por Freixo, na retórica da "virada de página" que o candidato do PSOL espera para o novo mandato. Na busca de um alinhamento de esquerda, Freixo sofre com a alarmante perda do PT, presente, tão só, com dois vereadores à nova Câmara. O que ora emerge é a viabilidade do PSOL de criar uma nova esquerda, no que esboçam as alianças com Freixo. Aí está o Rio como cidade exemplarmente partida para o novo pleito. E essa polarização pode, também, fazer despontar uma nova direita, a partir dos votos do clã Bolsonaro, trazendo um anacrônico fundamentalismo nas políticas de educação e de família à cidade-amostra do nosso futuro político.
As primeiras previsões eleitorais para a prefeitura do Rio de Janeiro indicam uma inédita simetria das rejeições dos candidatos entre as zonas Norte e Sul. O avanço de Crivella, no seu contraponto com Freixo, decorre da perspectiva de um atendimento pela mobilização religiosa e em virtude de um desengano generalizado com a conduta política, hoje, no País. Claro, Crivella tem se extremado em garantir a desvinculação da crença na vida política, num contraponto ao seu rigoroso trabalho na África e à mobilização, pelo culto, da maior propagação evangélica no País. A resposta de Freixo é a de congregar todas as crenças da cidade, com forte apego, inclusive, para as crenças afro-brasileiras. Entremostram-se esses créditos no pleno vigor das suas diferenças e, inclusive, na pregação de um verdadeiro neofundamentalismo no seu congraçamento eleitoral. As candidaturas vão sofrer de uma falta de militâncias ostensivas e da precariedade, hoje, do "ir à rua" para a manifestação de suas forças. Ambos os candidatos passam, agora, a reuniões caseiras, de grupos, na tentativa de chegar a uma corrente eleitoral nos bairros adjacentes. A nova política de alianças, como se vê na aliança de Crivella com Índio da Costa, vai a um contraste com o seu discurso no primeiro turno. O mesmo deverá acontecer com o candidato Osório. E já desponta a composição do secretariado de Crivella com os antigos adversários. Identicamente, Crivella vai se beneficiar dos ataques ao PMDB e ao PSD por Freixo, na retórica da "virada de página" que o candidato do PSOL espera para o novo mandato. Na busca de um alinhamento de esquerda, Freixo sofre com a alarmante perda do PT, presente, tão só, com dois vereadores à nova Câmara. O que ora emerge é a viabilidade do PSOL de criar uma nova esquerda, no que esboçam as alianças com Freixo. Aí está o Rio como cidade exemplarmente partida para o novo pleito. E essa polarização pode, também, fazer despontar uma nova direita, a partir dos votos do clã Bolsonaro, trazendo um anacrônico fundamentalismo nas políticas de educação e de família à cidade-amostra do nosso futuro político.
Membro da Academia Brasileira de Letras
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