Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 19 de Outubro de 2016 às 17:49

Apoiar a educação superior é aposta no futuro

Apoiada pela maioria da população, a Operação Lava Jato desnudou práticas perniciosas aos cofres públicos e manchou a reputação dos políticos. Evidentemente que a corrupção não nasceu nos últimos anos, nem neste ou naquele governo.
Apoiada pela maioria da população, a Operação Lava Jato desnudou práticas perniciosas aos cofres públicos e manchou a reputação dos políticos. Evidentemente que a corrupção não nasceu nos últimos anos, nem neste ou naquele governo.
No entanto, o que ficou claro foi uma prática despudoradamente aplicada para surrupiar dinheiro público no nefasto conluio entre agentes oficiais e empresários tidos como de estirpe, até então, inatacáveis.
Isso derrubou a autoestima de milhões e ficou provado com a enorme abstenção nessas eleições municipais, junto com votos em branco ou nulos. Foi o recibo que a cidadania passou para demonstrar o seu desencanto com toda uma classe, ainda que, como sabemos, há muitas pessoas trabalhando eficazmente no Congresso Nacional.
Assim sendo e não resolve ficar apenas se digladiando, eis que um problema que estava afligindo milhões de brasileiros universitários era a falta de pagamento das mensalidades do governo para estudantes.
Pois, finalmente, o Congresso Nacional aprovou crédito de R$ 702,5 milhões para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Em votação simbólica, deputados federais e senadores deram sinal verde para que os recursos sejam destinados ao Fies.
A demora na deliberação sobre o crédito pelo Congresso levou o ministro da Educação, Mendonça Filho, a fazer um apelo no início do mês por sua aprovação.
Na ocasião, Mendonça garantiu que o governo irá preservar todos os contratos relativos ao programa. Ao mesmo tempo, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), enviou carta ao presidente Michel Temer (PMDB), sugerindo a edição de uma medida provisória para abrir crédito extraordinário para o Fies.
O montante destinado ao Fies servirá para atender despesas com serviços prestados pelo Banco do Brasil (BBAS3.SA) e Caixa Econômica Federal, a título de administração da carteira de contratos de financiamento do fundo.
Assim, cerca de 1,5 milhão de contratos deverão ser aditados neste segundo semestre, envolvendo um investimento da ordem de R$ 8,6 bilhões, já garantidos no orçamento do Ministério da Educação.
Quando tantos citam a Coreia do Sul como tendo apostado no ensino massivo, na tecnologia e no suporte às universidades como o impulso que levou o país - separado da Coreia do Norte ainda no início da década de 1950 - a dar um salto e ultrapassar o Brasil, é bom saber que a graduação universitária financiada foi um dos pilares dos resultados alcançados.
Foi uma das medidas acertadas dos governos do PT, por meio de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff. Outras boas realizações valeram elogios e uma valorização eleitoral para ambos, que acabaram engolfados por um entorno político-administrativo que é alvo de uma série de denúncias.
Mas o que interessa, agora, é dar continuidade ao Fies e outras interessantes iniciativas na área educacional, aprimorando-as, as quais não devem cair na vala comum do descrédito apenas por conta da troca de governo.
Apoiar o sistema de ensino em todos os níveis, mas especialmente a educação superior, é uma aposta no futuro, que, com certeza, dará bons frutos.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO