Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 06 de Outubro de 2016 às 17:32

Divorciado do PT

Engana-se quem imaginava que o bate-panela das ruas não teria eco nas urnas. Desvio de verba e de conduta não são exclusividade de petistas. Entretanto, o acúmulo de escândalos revelados e o esgotamento da fé pública ofuscaram o prestígio da estrela. Sepultaram a legitimidade, demitiram a confiança. O mesmo brasileiro que acreditou na lealdade foi testemunha do assalto ao Brasil. Frustrado, decidiu não ser cúmplice de novo. E números dão conta disso: o PT encolheu. Em 2012, o Partido dos Trabalhadores foi bem-sucedido em 638 municípios do País.
Engana-se quem imaginava que o bate-panela das ruas não teria eco nas urnas. Desvio de verba e de conduta não são exclusividade de petistas. Entretanto, o acúmulo de escândalos revelados e o esgotamento da fé pública ofuscaram o prestígio da estrela. Sepultaram a legitimidade, demitiram a confiança. O mesmo brasileiro que acreditou na lealdade foi testemunha do assalto ao Brasil. Frustrado, decidiu não ser cúmplice de novo. E números dão conta disso: o PT encolheu. Em 2012, o Partido dos Trabalhadores foi bem-sucedido em 638 municípios do País.
Neste pleito, foram 256 prefeitos eleitos. Poderá chegar no máximo a 263 cidades a partir de 2017. A redução passa de 60%. Em São Paulo, o partido viu o desmoronamento da confiança do paulista. Das 70 prefeituras lideradas pelo PT, restaram oito. E o prefeito da capital, Fernando Haddad, viu a subtração da confiabilidade: em 2012, teve 55,5% dos votos e no último domingo, apenas 16,7%. No Rio Grande do Sul o PT terá 34 prefeituras a menos. A redução é de 47,2%. Dos 72 prefeituráveis que tiveram êxito na última eleição, somente 38 restaram. O quadro escancarou isolamento inédito. O PT disputou a eleição sozinho em 220 candidaturas no Brasil. A bandeira vermelha ficou guardada. A estrela foi substituída.
Propagandas dispensaram líderes nacionais. Quem antes era orgulho, agora é vergonha. O que antes somava, agora diminui. O brasileiro está como um ser recém-acordado. Confuso, sem muitas respostas. Deixou de votar no PT pela frustração. Sentiu-se traído, mas ainda não definiu o caminho. Sabe apenas que é preciso um jeito novo de andar. Divorciado de um casamento que durou anos, o eleitor está desconfiado. Exigente e criterioso, busca a fidelidade. O destino da nação é incerto. De convicção, somente uma: o Brasil não é mais o mesmo.
Jornalista
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO