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Opinião

- Publicada em 06 de Outubro de 2016 às 17:09

O necessário aprimoramento do ensino no País

Depois da discussão sobre a reforma do Ensino Médio, que ainda não acabou, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgou que há dificuldades em preencher todas as vagas ofertadas no Ensino Superior. Das novas vagas e vagas remanescentes oferecidas nas redes pública e privada em 2015, 5,6 milhões ficaram ociosas. Se há assunto que merece sempre reflexão, debate e acompanhamento, esse é o que trata da educação curricular no Brasil, nos três níveis.
Depois da discussão sobre a reforma do Ensino Médio, que ainda não acabou, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgou que há dificuldades em preencher todas as vagas ofertadas no Ensino Superior. Das novas vagas e vagas remanescentes oferecidas nas redes pública e privada em 2015, 5,6 milhões ficaram ociosas. Se há assunto que merece sempre reflexão, debate e acompanhamento, esse é o que trata da educação curricular no Brasil, nos três níveis.
Aliás, educação está em debate, por acaso, no mês de outubro quando, no dia 15, é assinalado o Dia do Professor, cujo patrono é João Baptista de La Salle. Foi um sacerdote e pedagogo francês inovador, que consagrou sua vida a preparar professores para ministrar aulas às crianças pobres do seu tempo. Mas, o que agora preocupa aos educadores em geral foi a divulgação dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que qualifica alunos para vagas em universidades. Mostraram um cenário desolador nas escolas públicas. Os percentuais de aprovação foram baixos em cerca de 90% delas, uma tragédia educacional.
O resultado do Enem em relação ao ensino público mostra que, em algum lugar do passado, ficaram as melhores aulas. Responsáveis por 88% das matrículas do Ensino Médio do País, as escolas públicas são maioria entre as que ficaram com nota abaixo da média nacional do Enem. Enquanto isso, alguns colégios, como os federais de Aplicação e os Militares, incluindo o Tiradentes, da Brigada Militar, tiveram boas notas.
Talvez a competição com o computador, os telefones inteligentes, os jogos eletrônicos e tudo o que hoje distrai a atenção dos jovens - mesmo que a tecnologia esteja presente em milhares de salas de aula, atualmente - nos faça refletir se não está na hora de combater o presente e o futuro tecnológico com uma volta ao passado, no que ele tinha de bom. Justamente quando se discute a reforma do Ensino Médio, feita por Medida Provisória e sem um estudo acurado com debates gerais, chega esta péssima notícia sobre a qualidade do ensino público. Isso é triste e preocupa demais com o futuro do País.
Com salários desvalorizados, carga horária intensa em sala de aula e trabalho constante em casa, os professores estão cansados. Resultado: cada vez menos gente procura uma formação na área. O panorama é desalentador e não há perspectiva de melhora em um curto espaço de tempo. Contudo, alguns especialistas analisam a situação por outro ângulo. Com a baixa procura pela profissão, a demanda por docentes seguirá alta. Uma perspectiva positiva em um horizonte obscuro. Hoje, a propaganda de alguns colégios particulares fala que ensinar é, antes de tudo, questionar, discutir e ter uma visão do mundo muito além da escola. Mas quando isso não foi feito nos colégios públicos e privados até meados dos anos de 1980? O que mais havia era muito estudo, com disciplina e hierarquia.
O fato é que o bom ensino humanístico, aliado às fundamentais ciências exatas, cursos profissionalizantes, sem descurar da informática, da internet e da tevê a cabo talvez dê mais e melhores resultados. Não é preciso inovar em métodos no ensino: basta ensinar, dialogar e manter o interesse das turmas. Nada substitui um professor que encante com frases, pensamentos, debates e até mesmo a análise do que se passa, cotidianamente, sem ideologias próprias, na cidade, no Estado, no Brasil e no mundo, com pinceladas que façam seus alunos pensarem no que é bom e ruim nesse mundo de guerras, fome e muita corrupção. Precisamos de um ensino com mais qualidade, mesmo com o teto nos gastos.
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