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Internacional

- Publicada em 29 de Outubro de 2016 às 13:58

Partido Pirata pode se fortalecer em eleição de novo governo na Islândia

Agência Estado
Os islandeses estão votando neste sábado (29), em uma eleição nacional que oferece uma escolha entre a continuidade e muitos tons de mudança, com o radical Partido Pirata buscando derrubar o governo de centro-direita.
Os islandeses estão votando neste sábado (29), em uma eleição nacional que oferece uma escolha entre a continuidade e muitos tons de mudança, com o radical Partido Pirata buscando derrubar o governo de centro-direita.
Fundado há quatro anos por uma variedade de hackers, ativistas políticos e defensores da liberdade da Internet, o Partido Pirata tem feito grandes ganhos entre os islandeses fartos de partidos estabelecidos após anos de turbulência financeira e escândalo político.
As pesquisas sugerem que os piratas estão disputando com o Partido da Independência, de centro-direita, para se tornar o maior grupo no Parlamento do país, o Althingi.
Eles detêm atualmente apenas três dos 63 assentos, e a legisladora pirata Birgitta Jonsdottir disse que "nunca teria fantasiado ou sonhado" sobre os atuais números das pesquisas. "Se as pessoas estão prontas, estamos prontos", disse.
A eleição foi marcada depois que o primeiro-ministro David Sigmunder Gunnlaugsson renunciou, em abril, em meio a protestos sobre suas holdings no exterior, reveladas em vazamento de informações que ficou conhecido como Panamá Papers. O escândalo, que denunciou a tentativa do primeiro-ministro de evitar o pagamento de impostos, deixou indignados muitos islandeses, que sofreram anos de turbulência econômica após os bancos do país entrarem em colapso durante a crise financeira global de 2008.
"Se as pessoas estão doentes de viver neste tumulto que temos tido aqui na Islândia, onde você nunca sabe o que o amanhã vai trazer", eles devem colocar a sua confiança nos piratas, disse Jonsdottir. "Mudar é bonito. Não há nada para se preocupar", acrescentou. "Estamos prontos para fazer o que as pessoas nos confiarem para fazer."
Partidos individuais raramente ganham no sistema multipartidário da Islândia.
A votação de sábado pode resultar seja em uma coligação de centro-direita que envolva os partidos da Independência e Progressista, que têm governado desde 2013, ou uma coalizão de centro-esquerda envolvendo os piratas, o Movimento de Esquerda Verde e outros partidos.
Outro fator imprevisível é Vidreisn, ou Renascimento, um novo partido de centro-direita fundado por ex-membros do Partido da Independência que defende a adesão da Islândia à União Europeia. Ele tem tido um forte desempenho entre os eleitores conservadores buscando mudança. "Queremos melhorar as coisas na Islândia", disse o líder do partido Benedikt Johannesson. "Nós somos um partido de livre comércio, um partido pró-ocidental, um partido de sociedade aberta."
O debate eleitoral foi centrado sobre a economia e o desejo dos eleitores de uma reforma política. Os piratas prometem introduzir a democracia direta, sujeitar o funcionamento do governo a um maior escrutínio e colocar os recursos naturais do país sob propriedade pública. O partido também pretende estabelecer regras rígidas para proteger os indivíduos contra intrusões online.
Os opositores afirmam que os inexperientes piratas poderiam assustar os investidores e desestabilizar a economia que agora está se recuperando, com baixa taxa de desemprego e forte crescimento.
Cerca de 245 mil pessoas estão aptas a votar na Islândia. As urnas fecham às 22h, com resultados parciais esperados para a manhã de domingo.
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