Vereadores avaliam fechamento da Beira-Rio para carros em fins de semana e feriados

Vereadores de Porto Alegre podem apreciar nesta segunda-feira (17) projeto de lei que determina o fechamento de toda a extensão da avenida Beira-Rio (Edvaldo Pereira Paiva) à circulação de veículos automotores para a circulação de pedestres durante sábados, domingos e feriados.

A proposta do vereador Marcelo Sgarbossa (PT) prevê que a avenida ficaria liberada como espaço de lazer das 6h às 20h, estendendo até as 21h durante o horário de verão. Segundo o vereador, seu projeto busca restabelecer medida adotada em 1989 pelo decreto 9.372 editado no primeiro governo da Frente Popular, sob comando do então prefeito Olívio Dutra.

Sgarbossa explica que a ideia prioriza as pessoas, dando espaço para que possam usufruir de momentos de lazer e prática de esportes.

O fechamento foi suspenso em janeiro de 2012 por um novo decreto do prefeito José Fortunati (PDT). A atual gestão alega que o fechamento da Beira-Rio causa transtornos à circulação de veículos.

O vereador argumenta que, nos fins de semana e feriados, o tráfego de veículos já é substancialmente menor na avenida e lembra ainda que a Empresa Pública de Transporte e Circulação (Eptc) poderá flexibilizar essa regra em dias de jogos e eventos.

Para o vereador, a prefeitura mantém a visão carrocêntrica, com a mobilidade concentrada no fluxo de carros, andando na contramão do que acontece em grandes cidades do mundo, onde cada vez mais se restringe o espaço para os carros.

De acordo com o vereador, a avenida já está sendo fechada desde o início de 2016, em função das obras no entorno. “A população já está experimentando essa experiência. O local está sempre com grande movimento, isso é uma prova de que as pessoas realmente querem utilizar a via”, diz.

Sgarbossa considera que o apoio dos candidatos à prefeitura Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e Sebastião Melo (PMDB) será decisivo para a aprovação do projeto. “Os dois candidatos já apontam isso como compromisso de campanha, então basta eles dizerem para os vereadores que os apoiam na Câmara para votarem pela aprovação. Não apoiar a ideia nesse momento significa retirar um benefício que a população já está usufruindo”, argumenta.

Se aprovado, o projeto terá ainda que ser sancionado pelo prefeito José Fortunati.