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- Publicada em 10 de Outubro de 2016 às 22:48

Secretários defendem uso da tecnologia contra a violência

SSP vai buscar parcerias com prefeituras para utilização de câmeras

SSP vai buscar parcerias com prefeituras para utilização de câmeras


ANTONIO PAZ/JC
Isabella Sander
Implantar novas tecnologias custa caro. Dependendo da inovação, porém, o investimento inicial pode acabar barateando os gastos posteriores. Um dos projetos da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul é buscar parcerias com as prefeituras gaúchas, a fim de utilizar o cercamento eletrônico através de câmeras de videomonitoramento. "Isso já existe em alguns municípios e pode ser ampliado, pois vamos buscar recursos do governo federal", adianta o secretário Cezar Schirmer.
Implantar novas tecnologias custa caro. Dependendo da inovação, porém, o investimento inicial pode acabar barateando os gastos posteriores. Um dos projetos da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul é buscar parcerias com as prefeituras gaúchas, a fim de utilizar o cercamento eletrônico através de câmeras de videomonitoramento. "Isso já existe em alguns municípios e pode ser ampliado, pois vamos buscar recursos do governo federal", adianta o secretário Cezar Schirmer.
Os investimentos do Ministério da Justiça estão indo pelo mesmo caminho. Além de anunciar o aumento do efetivo da Força Nacional de 800 a mil policiais para 7 mil no ano que vem, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, garantiu, na semana passada em passagem pelo Rio Grande do Sul, que qualificará o trabalho de inteligência e informação da corporação.
"A falta de pessoal na Brigada e na Polícia Civil, por exemplo, pode ser parcialmente suprida pela tecnologia. Infelizmente, o Brasil está aquém do que deveria na busca de alternativas mais modernas, tanto na gestão de recursos quanto na busca de tecnologias que certamente vão melhorar a eficácia e o resultado da atividade da segurança pública no Estado", defende Schirmer.
Para o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela, que também participou do evento que reuniu secretários de segurança de todo o País, a tecnologia pode ajudar no avanço da investigação através do trabalho da inteligência e do laboratório de tecnologia e lavagem de recursos. "Esse investimento precisa ser feito, pois a construção da prova técnica é fundamental. Precisamos de equipamentos de perícia para a comprovação notadamente das atividades de crime organizado, que têm uma sofisticação nas suas práticas", pontua. Na opinião de Portela, se o Estado não possui uma tecnologia compatível para o combate a essas práticas, não consegue construir provas técnicas contra as organizações criminosas.
José Mariano Beltrame, secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, considera a tecnologia fundamental, porque racionaliza o uso de pessoas para as atividades, bem como os custos de maneira geral, e ajuda a controlar as instituições. "Eu sei que as pessoas não gostam de ser controladas, mas elas precisam. De certa forma, todos nós somos controlados, temos que apresentar resultados, e a tecnologia também serve para isso."
Segundo Beltrame, em momentos de crise financeira como a que o Brasil vive, a tecnologia permite racionalizar custos com viaturas e efetivo e usá-los em equipamentos para proteger a vida do policial, por exemplo. Pode também compilar dados e detalhar o quanto o Estado está gastando com segurança. "Para tanto, é fundamental que o governo federal permita que a iniciativa privada venha contribuir, porque é óbvio que o Brasil não tem condições de aplicar a tecnologia de ponta. Se o Estado não pode fazer, que rompa com essas barreiras e permita a entrada da iniciativa privada. Se não, vamos ficar marcando passado", afirma.
Se o Estado colocar sempre na frente o interesse da população e oferecer a transparência necessária, Beltrame considera importante a inclusão da iniciativa privada no serviço público. "Não temos mais condições de ficar lutando por poder. Se você tem o poder, então tem que resolver os problemas. Se não consegue, tem que pedir ajuda, ouvir outros mecanismos", destaca. Mesmo quando não há legislação prevista para fazer alguma mudança, o secretário acredita que, quando há vontade, a lei "é modificada da noite para o dia".
 
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