A russa Maria Sharapova conseguiu uma vitória nos tribunais em seu caso de doping. Ontem, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) anunciou a redução da suspensão da tenista em nove meses, dos dois anos iniciais para 15 meses. A decisão do tribunal máximo do esporte significa que a tenista poderá voltar a disputar torneios no final de abril de 2017, a tempo, portanto, de participar da próxima edição de Roland Garros, Grand Slam disputado em Paris.
Dona de cinco títulos de Grand Slam e ex-líder do ranking da WTA, Sharapova testou positivo em janeiro para Meldonium, em teste realizado durante o Aberto da Austrália - ela também foi pega em exame fora das competições, em fevereiro. No julgamento inicial, da Federação Internacional de Tênis, Sharapova foi suspensa por dois anos.
Diante da pena, Sharapova entrou com recurso em junho. Em um comunicado, a CAS indicou que a tenista "teve alguma culpa" pelo resultado positivo, "por isso uma sanção de 15 meses" é apropriada. A suspensão entrou em vigor retroativamente em 26 de janeiro.
A Agência Mundial Antidoping chegou a anunciar um abrandamento no rigor das punições a doping para Meldonium, mas apenas em algumas condições, às quais o caso de Sharapova não se enquadra. Assim, a própria tenista admitiu ter consumido a substância após 1 de janeiro, quando se tornou proibida, embora alegue que não tinha conhecimento da decisão.
Em comunicado oficial, Sharapova se declarou satisfeita com a decisão. "Eu fui de um dos mais difíceis dias da minha carreira em março passado, quando conheci minha suspensão, para agora, um de meus dias mais felizes, quando descobri que posso retornar ao tênis em abril."