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Medicina e Saúde

- Publicada em 10 de Outubro de 2016 às 11:47

Checklist garante segurança nas cirurgias no Hospital Moinhos de Vento

Seabra enfatiza práticas que garantem processos cirúrgicos seguros

Seabra enfatiza práticas que garantem processos cirúrgicos seguros


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Moinhos de Vento foi pioneiro no Sul do Brasil em seguir as normas internacionais de práticas seguras nas cirurgias, determinadas em 2009 pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A atenção a esses cuidados faz com que a instituição gaúcha tenha taxas de infecção cirúrgica, reoperações, mortalidade em cirurgia e conversão de cirurgia laparoscópica comparáveis aos mais renomados hospitais do mundo. Todos os meses são realizados cerca de 2 mil procedimentos nas 17 salas do bloco cirúrgico da instituição, sem contar partos e cesarianas.
O Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Moinhos de Vento foi pioneiro no Sul do Brasil em seguir as normas internacionais de práticas seguras nas cirurgias, determinadas em 2009 pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A atenção a esses cuidados faz com que a instituição gaúcha tenha taxas de infecção cirúrgica, reoperações, mortalidade em cirurgia e conversão de cirurgia laparoscópica comparáveis aos mais renomados hospitais do mundo. Todos os meses são realizados cerca de 2 mil procedimentos nas 17 salas do bloco cirúrgico da instituição, sem contar partos e cesarianas.
O chefe do Serviço de Cirurgia Geral e do Centro Cirúrgico do Hospital Moinhos de Vento, Artur Seabra, diz que todos os procedimentos cirúrgicos realizados no hospital seguem o Protocolo de Cirurgia Segura, ou CheckList, que determina rotinas de checagem de diversos itens. Os estudos mostram que esta prática reduz em 30% o número de erros médicos e segue três etapas. A primeira é quando o paciente chega na sala de cirurgia. Neste momento a equipe confirma a identificação da pessoa pelo nome e data de nascimento, local a ser operado, materiais que serão utilizados e os riscos de perda sanguínea ou existência de alergias. Essa etapa é feita antes do paciente ser anestesiado. O segundo momento ocorre com a participação de todos os profissionais envolvidos no procedimento. O médico e sua equipe fazem uma pausa imediatamente antes do início do procedimento, repassam os pontos críticos, iniciam a anestesia e conferem se as medicações e materiais especiais estão à disposição.
No final da cirurgia, os profissionais analisam o procedimento, contam o material que foi utilizado, como compressas e pinças e identificam o material biológico e peças anatômicas obtidas. "É nesta fase final que serão repassados os cuidados pós-operatórios na sala de recuperação, medicações e se existe necessidade de enviar o paciente para o Centro de Terapia Intensiva (CTI)", explica Seabra.
O médico conta que a preocupação com os processos cirúrgicos seguros vem aumentando desde o início dos anos 2000, quando uma publicação do Institute of Medicine, dos Estados Unidos (Err is Human) identificou que um grande número das complicações e até mesmo de mortes ocorridas durante o atendimento hospitalar dos pacientes nos Estados Unidos era causado por falhas na assistência, sendo cerca de 50% delas envolvendo o processo cirúrgico. O uso inadequado de antibióticos, cirurgias no lado, membro ou órgão errado foram as situações mais graves identificadas, além de muitas ocorrerem por erros de comunicação entre os membros da equipe. A partir destes dados, a OMS, baseada na experiência da aviação comercial, desenvolveu um checklist para ser aplicado em todos os processos cirúrgicos. Este processo foi testado em oito cidades do mundo, com características diferentes e analisado cientificamente, tendo sido comprovada a diminuição em até 1/3 das complicações, incluindo o óbito.
Reforçando os processos de segurança, o Hospital Moinhos de Vento criou recentemente na sala de recuperação quatro leitos de CTI, aumentando ainda mais a segurança de pacientes com cirurgia de grande porte e evitando complicações pós-operatórias. Os pacientes que estão nestes leitos são cuidados por médicos intensivistas e profissionais de enfermagem especializados.
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