Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 30 de Outubro de 2016 às 23:37

Reino Unido traz roadshow para o Rio Grande do Sul

Empresários poderão conhecer melhor o mercado britânico, diz Joanna

Empresários poderão conhecer melhor o mercado britânico, diz Joanna


Consulado do reino unido/DIVULGAÇÃO/JC
Thiago Copetti
Em uma ação inédita no Brasil, o governo britânico desembarca em Porto Alegre por meio da cônsul-geral em São Paulo, Joanna Crellin, no dia 8 de novembro. O Roadshow Britânico: Oportunidades para Distribuidores Brasileiros, além de buscar parceiros locais para representar e vender aqui produtos de empresas inglesas, tem um componente extra no "ineditismo". A futura saída do Reino Unido (que ainda depende de um acordo já em elaboração) da União Europeia (UE) abre oportunidades para as companhias brasileiras, e essa é a primeira grande ação externa inglesa no Brasil após o Brexit.
Em uma ação inédita no Brasil, o governo britânico desembarca em Porto Alegre por meio da cônsul-geral em São Paulo, Joanna Crellin, no dia 8 de novembro. O Roadshow Britânico: Oportunidades para Distribuidores Brasileiros, além de buscar parceiros locais para representar e vender aqui produtos de empresas inglesas, tem um componente extra no "ineditismo". A futura saída do Reino Unido (que ainda depende de um acordo já em elaboração) da União Europeia (UE) abre oportunidades para as companhias brasileiras, e essa é a primeira grande ação externa inglesa no Brasil após o Brexit.
"Ao sair da UE, ganharemos flexibilidade de negociações bilaterais. E o Brasil está entre as prioridades", alerta Joanna, também diretora de Comércio e Investimento do Reino Unido para a América Latina.
Em 2015, o Brasil importou mais de R$ 21 milhões em produtos e serviços britânicos, o que Joanna espera ver ampliado a partir do roadshow, que também passa por outras quatro capitais: Belo Horizonte, São Paulo, Recife e Rio de Janeiro. Para os gaúchos interessados em conhecer as oportunidades do Reino Unido e as formas com as quais os consulados no Brasil podem ajudar no negócios é preciso agendar sua participação pelo e-mail [email protected].
Jornal do Comércio - Quais os setores empresariais que são o foco desse roadshow britânico pelo Brasil?
Joanna Crellin - O que realmente queremos é aumentar o conhecimento dos empresários brasileiros sobre o Reino Unido e tentar mais engajamento de novos distribuidores. Nos interessa principalmente os mercados de energia, especialmente óleo e gás, saneamento, educação e treinamento, serviços financeiros e equipamentos de segurança. Mas claro que há muitas outras empresas britânicas interessadas no País, como alimentos e agronegócio. E também será uma momento de troca, quando empresários poderão entender melhor como vender para o Reino Unido.
JC - E especificamente para o Rio Grande do Sul, qual é a expectativa do roadshow?
Joanna - É estreitar laços, e não apenas vender produtos. Já estive em Porto Alegre, e existe a oportunidade de aproximarmos a capital do Rio Grande do Sul e Manchester. São cidades um tanto parecidas em suas potencialidades, como na área de TI (Tecnologia da Informação). Fiquei muito impressionada, por exemplo, com o que vi no Tecnopuc. Somos o país mais inovador do mundo depois dos Estados Unidos. O que ocorre em Porto Alegre com a inovação [e um pouco o que ocorre ao redor de Manchester e o desenvolvimento de tecnologia. O agritech (tecnologia para o agronegócio) é algo que podemos ter de complementar e para compartilhar. Também temos atividades complementares com o Rio Grande do Sul complementares e interessantes, como na segurança alimentar, com eficiência muito grande nas áreas de bovinos e suínos, no uso da terra, da saúde animal e no setor de laticínios.
JC - Qual a expectativa do governo do Reino Unido com esse roadshow pelo Brasil?
Joanna - Temos potencial para triplicar o volume de negócios entre os dois países até 2020. É bastante otimista, mas vamos levar em conta que mesmo, na atual crise brasileira, o volume de exportações para o Brasil não caiu muito. Isso é um sinal muito importante para nós. Mas não é só para o lado de cá, das nossas exportações, que estamos trabalhando. Também estamos vendo cada vez mais empresas brasileiras olhando para o Reino Unido e vendendo para lá. Inclusive empresas gaúchas, como Grendene e Tramontina.
JC - Esse movimento britânico de buscar novos parceiros, com o Brasil, tem relação com a saída do país da União Europeia?
Joanna - Ainda somos membros da UE, mas estamos na expectativa de fazer um bom acordo dentro do que escolheu o povo britânico. Na realidade, claro que essa decisão do povo britânico nos dá mais liberdade para olhar novos mercados, onde queremos estar com presença mais forte. Saindo da União Europeia, nós podemos fazer novos acordos bilaterais. Hoje, é difícil fazer qualquer tipo de acordo, porque é necessária a aprovação de 28 membros da UE. E atingir o concessão entre 28 países, com realidades e interesses diversos, não é nada fácil, como você pode imaginar.
JC - Que tipo de acordos a senhora acredita que poderão ser feitos após essa separação do Reino Unido e da União Europeia?
Joanna - Aqueles acordos que são do nosso interesse, mas não dos outros países. Na União Europeia, há muitos parceiros com restrições agrícolas, como a França. Sozinhos, teremos mais flexibilidade para isso.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO