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Economia

- Publicada em 26 de Outubro de 2016 às 13:46

Mercado de trabalho apresenta precarização

Adriana Lampert
Um contingente de 14 mil pessoas ingressou no mercado de trabalho em setembro de 2016, mas apenas a metade deste volume conseguiu ser efetivada na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). Com isso, 7 mil trabalhadores engrossaram o número de indivíduos da População Economicamente Ativa (PEA) em busca de ocupação (estimado em 211 mil pessoas), aumentando a taxa de desemprego de 10,7% (em agosto) para 11% no mês seguinte. Segundo Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) na RMPA, o contexto de recessão foi o principal responsável pelo cenário de deterioração e precarização do emprego na capital gaúcha e cidades vizinhas.
Um contingente de 14 mil pessoas ingressou no mercado de trabalho em setembro de 2016, mas apenas a metade deste volume conseguiu ser efetivada na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). Com isso, 7 mil trabalhadores engrossaram o número de indivíduos da População Economicamente Ativa (PEA) em busca de ocupação (estimado em 211 mil pessoas), aumentando a taxa de desemprego de 10,7% (em agosto) para 11% no mês seguinte. Segundo Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) na RMPA, o contexto de recessão foi o principal responsável pelo cenário de deterioração e precarização do emprego na capital gaúcha e cidades vizinhas.
"Em um ano, cresceu o trabalho autônomo, o emprego sem carteira assinada e o emprego doméstico, enquanto houve queda no contingente de trabalhadores assalariados e com carteira assinada", observa a coordenadora do estudo pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), Iracema Castelo Branco. Para piorar, o rendimento médio real referente ao mês de agosto apresentou redução frente a julho para o total de ocupados (-5,9%), assalariados (-5,7,%) e trabalhadores autônomos (-7,8%). Em termos monetários, esses rendimentos passaram a corresponder a R$ 1.846,00, R$ 1.880,00 e
R$ 1.522,00, respectivamente.
Desde 2015, vinha se desenhando a tendência de redução da ocupação de melhor qualidade, o que se comprovou em setembro, reforça Iracema. No entanto, neste período, a taxa de desemprego vinha permanecendo estável, em torno de 10%. "A mudança dos últimos dois meses se deve ao aumento da população economicamente ativa", explica.
De acordo com o levantamento, em setembro, o nível ocupacional de Porto Alegre e Região se elevou 0,4%. Nos últimos 12 meses, a indústria registrou crescimento de 19 mil ocupados (6,7%), enquanto a construção absorveu mais 3 mil pessoas (2,5%). Já os setores de comércio e serviços permaneceram com taxas negativas, com redução de 7 mil (2,1%) e 55 mil empregados (5,6%), respectivamente.
Na comparação anual, houve ainda diminuição do contingente de assalariados (menos 52 mil, ou -4,2%), resultante de reduções no setor privado (menos 36 mil, ou -3,5%) e no setor público (menos 15 mil, ou -7,4%). As empresas privadas dispensaram 41 mil indivíduos (-4,4%) com carteira assinada, e houve aumento de 5 mil pessoas na ocupação sem carteira (5,4%). "Com relação aos demais contingentes, constatou-se aumento de 28 mil trabalhadores autônomos (12,4%) e 5 mil empregados domésticos (5,4%), e diminuição de 26 mil indivíduos para as demais posições (-13,4%)", destaca Iracema. Ela ressalta que a quantidade de pessoas ocupadas está diminuindo em paralelo à renda média, que também registra queda. "Isso vem reduzindo a massa de rendimentos que circula na economia."
No entanto, Iracema destaca que Porto Alegre foi a capital que registrou menor taxa de desemprego dentre as regiões metropolitanas avaliadas pela PED. No Distrito Federal e em Fortaleza, as taxas de desemprego ficaram estáveis em 18,5% e 13,2%, respectivamente. "Salvador também apresentou uma certa estabilidade, em um patamar de 25,5% - o maior índice de todas as regiões analisadas -, enquanto São Paulo registrou taxa de desemprego de 17,5%."
O trabalho de coleta de dados da PED-RMPA é realizado mensalmente em convênio com a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (Fgtas), a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
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