O alto forno 2 da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda (RJ), foi religado em 15 de outubro e estará operando a plena capacidade em 10 a 15 dias, informou o diretor executivo da empresa, Luís Fernando Martinez, em entrevista no Congresso Alacero, no Rio. O forno estava parado para manutenção desde o fim de janeiro.
Com capacidade de produção mensal de até 80 mil toneladas ou quase um milhão de toneladas anuais, o alto forno 2 enviará metade disso para a Lusosider, planta da CSN em Portugal. O restante iria naturalmente para os Estados Unidos, mas com a ação antidumping do país contra bobinas a quente brasileiras, ficará no mercado doméstico, disse o diretor. A capacidade de CSN é de produção de 5,6 milhões de toneladas de aço por ano.
O executivo confirmou que a CSN implementará um aumento de 5% nos preços de todas as suas linhas de produto em 1º de novembro. "Não é um aumento de preço, mas uma correção de custo. Se você imaginar que o carvão está partindo de US$ 80 para US$ 250 a tonelada, isso implica em US$ 60 a mais no custo de placa", disse Martinez.
Em relação à situação de mercado em 2017, Martinez se mostrou confiante. Diante do que chamou de demanda reprimida por aço e de setores consumidores com estoques baixos, ele acredita que a correlação entre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e do setor siderúrgico fique acima das 2,2 vezes habituais. "Acredito que o aço pode dar um estirão muito maior que o PIB, crescer mais do que se espera", disse.