Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 24 de Outubro de 2016 às 08:37

Petróleo opera em leve baixa em meio a dúvidas sobre corte na produção da Opep

Agência Estado
Os contratos futuros de petróleo operam em leve baixa na manhã desta segunda-feira (24), em busca de uma direção mais clara, em meio a dúvidas sobre o corte proposto na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O ceticismo cresceu após o Iraque sinalizar que deseja ser excluído do acordo.
Os contratos futuros de petróleo operam em leve baixa na manhã desta segunda-feira (24), em busca de uma direção mais clara, em meio a dúvidas sobre o corte proposto na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O ceticismo cresceu após o Iraque sinalizar que deseja ser excluído do acordo.
Às 8h12min (de Brasília), o petróleo WTI para dezembro caía 0,16%, a US$ 50,77 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro recuava 0,08%, a US$ 51,74 o barril, na ICE.
Autoridades iraquianas do setor afirmaram no domingo que não pretendem recuar na produção, atualmente em 4,77 milhões de barris por dia. O Iraque é o segundo maior produtor da Opep, atrás apenas da Arábia Saudita, e um compromisso de Bagdá seria crucial para a iniciativa de conter a oferta para impulsionar os preços do barril.
Os membros da Opep devem se reunir em 30 de novembro para discutir cotas individuais a fim de limitar a produção do grupo. Muitos analistas, porém, temem que o acordo não seja respeitado, diante do histórico dos membros de não cumprimento de cotas.
"Há o risco de que a recusa do Iraque possa gerar um efeito dominó e que outros produtores peçam também para ser excluídos dos cortes", afirmou Gao Jian, analista de energia da SCI International.
Membros da Opep como o Irã, a Líbia e a Nigéria já esperam ser deixados de fora do acordo. Além disso, há dúvidas sobre se a Rússia, que não faz parte da Opep, estará disposta a se unir à iniciativa.
"Se eles não fizerem nada a produção da Opep no próximo ano deve ficar em média em pelo menos 34 milhões de barris por dia", afirmou a PVM. Para a corretora, há inclusive a "ameaça real" de que a produção chegue perto dos 35 milhões de barris por dia, caso melhore o quadro de segurança na Nigéria e na Líbia.
Os preços são também pressionados pelo aumento no número de poços e plataformas em atividade nos EUA. Na semana passada, o número subiu 11, para 443, segundo a Baker Hughes, que presta serviços no setor. Em nota, o Morgan Stanley afirmou que a tendência é que o número de poços e plataformas em atividade aumente mais.
Na Ásia, as importações de petróleo da China avançaram 18% em setembro, enquanto as exportações de gasolina cresceram 37% e as exportações de diesel subiram 44%, sempre na comparação anual.
O quadro político na Venezuela também é monitorado, após o Congresso declarar que o governo do presidente Nicolás Maduro cometeu um golpe de Estado ao barrar um referendo revogatório contra o líder. A economia do país tem sofrido com a queda nos preços do petróleo. A produção venezuelana de petróleo caiu 11% nos 12 meses até setembro, para 2,3 milhões de barris por dia, e a economia dessa nação caribenha deve sofrer contração de pelo menos 10% neste ano.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO