Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

empreendedorismo

- Publicada em 21 de Outubro de 2016 às 17:07

Junior Achievement realiza feira para miniempresas

Ideia é formar espírito empreendedor entre os estudantes, diz Lewin

Ideia é formar espírito empreendedor entre os estudantes, diz Lewin


Antonio Paz/JC
No próximo fim de semana, o público gaúcho poderá conhecer projetos desenvolvidos por jovens empreendedores do Rio Grande do Sul. No sábado e domingo acontece no Shopping Iguatemi, em Porto Alegre, a Feira da Miniempresa, evento que reúne empreendimentos criados por estudantes de escolas públicas e privadas participantes de programas da Junior Achievement, instituição sem fins lucrativos que, através de parcerias com empresas mantenedoras, desenvolve atividades que incentivam o empreendedorismo em jovens do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
No próximo fim de semana, o público gaúcho poderá conhecer projetos desenvolvidos por jovens empreendedores do Rio Grande do Sul. No sábado e domingo acontece no Shopping Iguatemi, em Porto Alegre, a Feira da Miniempresa, evento que reúne empreendimentos criados por estudantes de escolas públicas e privadas participantes de programas da Junior Achievement, instituição sem fins lucrativos que, através de parcerias com empresas mantenedoras, desenvolve atividades que incentivam o empreendedorismo em jovens do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
O objetivo do evento é preparar os jovens para enfrentar o o desafio de conquistar o cliente e viver a experiência de vendas. No sábado, a Feira da Miniempresa inicia às 10h e termina às 22h. Já no domingo está marcada das 11h até as 20h.
Presente em mais de 120 países, a Junior Achievement, está há cerca de 20 anos no Rio Grande do Sul. De todos os programas desenvolvidos pela entidade, o Miniempresa é o mais conhecido e acontece por meio de uma parceria entre a Junior Achievement e colégios. Apenas no Estado, a organização tem aproximadamente 400 escolas parceiras, entre elas o Colégio Anchieta, Colégio Farroupilha, Colégio Marista Nossa Senhora do Rosário, Colégio Murialdo, Colégio Estadual Pedro Werner e Escola Técnica Estadual Parobé.
As instituições são responsáveis por selecionar os alunos, que devem estar cursando o 2º ano do Ensino Médio, e formar uma turma. Cada uma delas representa uma miniempresa, com com cerca de 15 a 30 alunos, salvo exceções. O programa acontece duas vezes ao ano e é divido por jornadas, como são chamados os encontros semanais dos alunos na própria instituição de ensino, das 18h às 22h. No início do processo, eles são divididos em funções para simular a atuação de uma empresa no mundo real, sendo elas direção de produção, recursos humanos, marketing, finanças e um presidente. As cinco primeiras jornadas são dedicadas ao planejamento do produto e as restantes, à produção.
O programa determina que apenas 30% do produto seja terceirizado, ou seja, 70% deve ser produzido manualmente pelos participantes e a verba necessária para colocar a ideia em prática é conquistada pelos alunos, mediante venda de ações para terceiros. "A ideia do programa não é prioritariamente que saia um produto inovador e vendável, mas sim formar um espírito empreendedor quando o jovem ainda está no colégio", afirma Sérgio Lewin, presidente do Conselho da Junior Achievement RS.
Durante 15 semanas os jovens são acompanhados por quatro voluntários da Junior Achievement, que oferecem suporte nas áreas de recursos humanos, finanças, marketing e produção, os chamados Achievers. Estas são pessoas que a entidade capacita, por meio de instrução metodológica, para aplicar os programas dentro das escolas.
Depois de concluídas as jornadas, os alunos devem entregar um relatório com todos os resultados do processo e, ao final do programa, a Junior Achievement promove a formatura dos participantes, acompanhada de uma premiação que destaca, por exemplo, o melhor produto e o melhor vendedor.
No caso das miniempresas deste semestre, a formatura acontece no dia 6 de dezembro. O lucro dos produtos é doado a uma instituição sem fins lucrativos escolhida pelos alunos.

Mais de 1 milhão de jovens já passaram pela organização no Rio Grande do Sul em 20 anos

Em 2015, o número de jovens que já passaram por algum dos programas da Junior Achievement completou 1 milhão no Rio Grande do Sul. Isso, somado aos 20 anos de existência no Estado, contribuiu para que as atividades da organização sejam consideradas tradição entre as famílias gaúchas, fazendo com que pais que participaram incentivem os filhos a também integrarem o programa, segundo Sérgio Lewin.
O dirigente afirma que estão surgindo mais escolas interessadas e receptivas para a questão do empreendedorismo. O desafio da entidade é estar presente em mais instituições de ensino, mas, para isso, precisam contar com mais voluntários. "Hoje existe uma demanda maior pelo nosso trabalho e vemos os pais motivando seus filhos", avalia.
Daisy Costa, gerente de programas da Junior Achievement RS, esclarece que o empreendedorismo pode se tornar um diferencial, independentemente da profissão que o jovem escolher. "Na concorrência que vivemos, você tem que ter diferencial", defende.
No segundo semestre deste ano, o programa iniciou no dia 17 de agosto, com a participação de 11 colégios. Entre eles está o Anchieta, que mantém uma tradição no projeto e participou de todas as edições desde a chegada da instituição no Estado.
Neste semestre, a miniempresa anchietana chama-se Holden S.A/E (Sociedade Anônima Estudantil). O produto, que leva o mesmo nome da empresa, é uma haste flexível na qual uma ponta segura o aparelho celular e a outra possibilita que seja presa a outra superfície, como uma mesa, cadeira ou computador e tem custo de R$ 20,00. Isabella Bomfiglio, presidente da Holden, é filha de pais empresários e se interessou pelo programa para vivenciar a realidade e as responsabilidades de um empreendedor. "O propósito da miniempresa é você perceber o que o mercado está precisando e o que o consumidor quer", destaca ela. Já a diretora financeira da Holden, Roberta Leal, foi influenciada pelo irmão mais velho, que também participou do projeto. "Agora estamos vivendo o dia a dia e percebemos que não é fácil, temos muito trabalho, mas é gratificante", pontua ela.
Segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Jovens Empresários (Conaje), que contou com a participação de mais de 5 mil jovens, 25% dos entrevistados investiram em uma empresa por identificação de oportunidade de negócio e 62,8% utilizam sites e redes sociais com o mundo dos negócios.