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Economia

- Publicada em 18 de Outubro de 2016 às 18:32

Medidas da Argentina preocupam os calçadistas

Após uma trégua de 10 meses, a Argentina voltou a provocar dor de cabeça nos exportadores de calçados. Isso porque, no mês passado, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) recebeu algumas reclamações por parte de empresas associadas quanto à adoção de ações protecionistas na Argentina.
Após uma trégua de 10 meses, a Argentina voltou a provocar dor de cabeça nos exportadores de calçados. Isso porque, no mês passado, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) recebeu algumas reclamações por parte de empresas associadas quanto à adoção de ações protecionistas na Argentina.
O presidente executivo da entidade, Heitor Klein, explica que o problema está na demora para a liberação das licenças, que já ultrapassam os 60 dias regulamentados pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Relatos dos distribuidores locais esclarecem que, informalmente, os funcionários encarregados do registro de pedidos de importação não estão aceitando novas solicitações e informando que para o corrente ano não serão liberadas licenças, sob a alegação de que as importações de 2016 não poderão exceder as realizadas no ano passado.
Conforme levantamento da Abicalçados, as licenças pendentes já ultrapassam US$ 2,2 milhões em calçados. "Além desses, temos outros US$ 3 milhões em licenças que não foram nem protocoladas. Como muitos dos produtos são de moda, ou seja, têm um timing para chegar às vitrines, corremos sérios riscos de que os negócios sejam perdidos. Outra grande preocupação é que essa barreira aparece no momento das festas de final de ano", lamenta Klein, ressaltando que o prejuízo pode ser muito superior aos US$ 5,2 milhões registrados até agora.
A barreira aparece justamente em um momento de franca recuperação das exportações de calçados brasileiros para a Argentina, sendo um sinal negativo que pode ter reflexos fortes na atividade. A Argentina é o segundo principal destino do calçado brasileiro no exterior, tendo comprado o equivalente a US$ 83 milhões entre janeiro e setembro deste ano, 51% mais do que no mesmo período do ano passado.
O receio da Abicalçados é de que, com parcas reservas internacionais, o governo argentino passe a criar barreiras para as importações de calçados brasileiros. "As autoridades brasileiras, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) já foram alertadas sobre a questão e os impactos que causam na atividade", concluiu Klein.
 
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