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Relações Internacionais

- Publicada em 18 de Outubro de 2016 às 21:38

Missão da Renânia chegará em novembro ao Rio Grande do Sul

José Ivo Sartori foi recebido pela secretária Daniela Schmitt em Mainz

José Ivo Sartori foi recebido pela secretária Daniela Schmitt em Mainz


Luiz Chaves/PALÁCIO PIRATINI/JC
Logo depois de retornar ao Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori, que cumpre missão na Europa, começa a preparação para receber um grupo de empresas e setores governamentais e instituições da Renânia Palatinado, um dos estados mais ricos da Alemanha. Em encontro ontem com Sartori em Mainz, cidade com mais de 200 mil habitantes e a 44 quilômetros de Frankfurt, a secretária de Economia, Agricultura, Transportes e Vitivinicultura da Renânia, Daniela Schmitt, mostrou expectativa e interesse em estreitar a cooperação. 
Logo depois de retornar ao Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori, que cumpre missão na Europa, começa a preparação para receber um grupo de empresas e setores governamentais e instituições da Renânia Palatinado, um dos estados mais ricos da Alemanha. Em encontro ontem com Sartori em Mainz, cidade com mais de 200 mil habitantes e a 44 quilômetros de Frankfurt, a secretária de Economia, Agricultura, Transportes e Vitivinicultura da Renânia, Daniela Schmitt, mostrou expectativa e interesse em estreitar a cooperação. 
A secretária citou que, desde 2009, há maior contato com segmentos acadêmicos e empresas do Estado e que poderão ser aprofundadas as análises sobre possíveis áreas de interesse para a integração e troca de experiências. A missão em novembro é preparada pelo consulado alemão em Porto Alegre. Daniela destacou os setores de desenvolvimento de tecnologia como vitrine em áreas como setor agrícola, vinhos e nanotecnologia. Sartori se animou, sabendo da tradição e especialização local em vitivinicultura, e propôs como primeira ação estudos para montar um cluster supranacional - entre a cadeia de uva e vinho da anfitriã alemã e, claro, da gaúcha.
"O Rio Grande do Sul responde por mais de 60% da produção, e somos sede do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Podemos fazer também com a Argentina, mas antes com vocês", priorizou o chefe de governo. 
No terceiro dia da missão à Europa, o governo interagiu com interlocutores de uma região que aplica um dos mantras da indústria do século XXI, que é a aplicação da tecnologia da informação em todos os processos. A indústria 4.0 é vitrine. A própria ministra comentou que, na área de produção de vinhos, busca-se equilibrar a potência da inovação em controles e processos e a tradição. Hoje, a comitiva tem encontros na região de Stuttgart, uma das potências industriais do país.
"Na missão no Brasil será possível começar a encaminhar protocolos de intenções para viabilizar melhor entendimento, visto que o Estado é um dos maiores produtores de vinho. Temos semelhança com a região", destacou o governador, que vê ainda mais possibilidades na interação com a área de pesquisa. Sartori avalia que é possível com trabalho de curto prazo ter unidade entre as instituições gaúchas semelhante ao Instituto Fraunhofer Microtécnica.
Sartori lembrou que o Estado tem participação importante na indústria nacional do setor metalmecânico - segundo polo da América Latina. "Quem sabe não possamos ter grandes parcerias entre os setores industriais." Ele lembrou ainda que a fabricação de máquinas agrícolas gaúcha responde por 90% do setor brasileiro.
O secretário gaúcho de Desenvolvimento Econômico, Fábio Branco, avalia que a missão em novembro vai acelerar o intercâmbio de interesse e aproximar em conhecimento, metodologias e cases de sucesso. "Principalmente na organização do sistema de desenvolvimento e clusters", objetivou Branco. O nível de tecnologia de centros de pesquisa e conhecimento da indústria 4.0 foi elogiado e apontado como exemplo.

Notas

José Ivo Sartori foi recebido pela secretária Daniela Schmitt em Mainz

José Ivo Sartori foi recebido pela secretária Daniela Schmitt em Mainz


Luiz Chaves/PALÁCIO PIRATINI/JC
Nova Cientec
A visita rápida, que não possibilitou conhecer as instalações da unidade do Instituto Fraunhofer Microtécnica (foto) em Mainz, serviu de impulso a um movimento para replanejar a Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec). O presidente da fundação, Marc Richter, que é alemão, mas está há 20 anos no Brasil, visitará a sede do instituto em Munique, na próxima semana, e encaminhará as primeiras conversas para futuros convênios. Em Mainz, em um dos 80 centros que a instituição tem no mundo, 60 só na Alemanha, o diretor da unidade, Michael Maskos, destacou pesquisas em medicina e em tecnologia de informação. O centro recebe US$ 100 milhões anuais em royalties pela solução de compressão de dados que possibilitou criar o MP3. O diretor lembrou que chegou a ocorrer uma aproximação entre centros de pesquisa gaúchos e o instituto, mas depois "adormeceu". A intenção é retomar essa relação.
O alemão do deputado
Ter aprendido alemão, mesmo que dialeto, quando criança faz toda a diferença para o deputado estadual João Fischer (PP), que acompanha, pela Assembleia Legislativa, a missão do governo gaúcho à Europa. Fixinha, como é conhecido pelos eleitores, consegue quebrar o clima mais formal nos encontros na fase alemã da viagem e provoca boas risadas em comentários que geram descontração. "Até os sete anos, só falava alemão em casa", diz, lembrando que seu dialeto é "mais primitivo". O deputado frisou que a saudação usada pela secretária da Economia da Renânia Palatinado, Daniela Schmitt, ao receber a comitiva com o governador José Ivo Sartori, mostrou uma grande gentileza da autoridade. "Ela nos recebeu com 'herzlich willkommen', que, em português, é 'bem-vindos de coração'", ensinou o deputado.