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Política Monetária

- Publicada em 17 de Outubro de 2016 às 20:09

Focus melhora previsão para inflação e juros

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Os analistas consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) melhoraram a previsão para a inflação deste ano e do próximo. O relatório Focus também reduziu a taxa básica de juros esperada para o fim deste ano. Por outro lado, as projeções do mercado para o desempenho da economia em 2016 registraram leve piora.
Os analistas consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) melhoraram a previsão para a inflação deste ano e do próximo. O relatório Focus também reduziu a taxa básica de juros esperada para o fim deste ano. Por outro lado, as projeções do mercado para o desempenho da economia em 2016 registraram leve piora.
O levantamento divulgado ontem pelo BC reduz o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 7,04% para 7,01%. O resultado reflete a taxa de setembro - de 0,08%, a menor para o mês desde 1998 -, que foi divulgada no dia 8 pelo IBGE. Esta é a quinta melhora seguida na expectativa do mercado financeiro para a inflação.
Apesar disso, se o IPCA de fato fechar 2016 neste patamar de cerca de 7%, será a segunda vez seguida que ficará acima do teto da meta estabelecida pelo governo. Em 2015, a inflação ficou em 10,67%. A meta anual é de 4,5%, podendo variar dois pontos para cima ou para baixo.
Para o ano que vem, os analistas preveem, no Focus desta semana, uma taxa de inflação de 5,04%, abaixo do 5,06% indicado na semana passada. Foi a segunda redução consecutiva. A meta de inflação em 2017 também é de 4,5%, mas a variação tolerada é menor, de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Com uma inflação mais amena, os analistas reduziram a expectativa para a taxa básica de juros neste ano pela primeira vez depois de oito semanas em 13,75%. Agora, a previsão é de que a Selic encerre 2016 em 13,50% ao ano. Desde julho do ano passado, a taxa está em 14,25% ao ano.
Já o desempenho da economia previsto para este ano voltou a sofrer leve alteração para pior: a segundo seguida. Os analistas preveem um tombo de 3,19% em vez dos 3,15% da semana anterior. Para o ano que vem, a previsão da semana passada também foi mantida: o PIB deve crescer 1,30%.
A cotação do dólar frente ao real no fim deste ano ficou inalterada, em R$ 3,25. Para dezembro de 2017, o câmbio foi reduzido de R$ 3,45 para R$ 3,40.

Redução esperada na Selic terá efeito pequeno, diz Anefac

A redução da taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,25 ponto percentual, como preveem analistas do mercado financeiro, terá efeito pequeno nos juros do crédito ao consumidor e pode manter a atratividade dos rendimentos em fundos de renda fixa em relação à poupança. A avaliação é da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Assim como outras instituições financeiras, a Anefac prevê a redução da Selic de 14,25% para 14% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) hoje e amanhã. Para a associação, o efeito da redução da Selic nas condições do crédito é pequeno porque "existe um deslocamento muito grande" entre a taxa básica e os juros cobrados dos consumidores. Para os consumidores, a taxa média chega a 158,47% ao ano, o que prova uma variação de mais de 1.000% entre a Selic e os juros do crédito.
Segundo as simulações da Anefac, os juros cobrados do comércio terão uma redução de 0,46% na taxa anual, passando de 98,95% para 98,50% ao ano. Os juros do cartão de crédito cairão 0,25%, para 461,86% ao ano; os do empréstimo pessoal dos bancos, de 73,52% para 73,13% ao ano; e os do empréstimo pessoal de financeiras, de 166,17% para 165,58% ao ano. A taxa média de juros passará de 158,47% para 157,90% ao ano, com redução de 0,36%.
No caso do financiamento de uma geladeira de
R$ 1.500,00, em 12 vezes, por exemplo, o efeito da redução dos juros seria de R$ 0,20 em cada parcela e de R$ 2,35 no total.
Para quem pode investir, os fundos de investimento ganham da poupança quando a taxa de administração do banco for inferior a 2,5% ao ano. A Anefac cita um investimento de R$ 10 mil pelo prazo de 12 meses. Na poupança, o rendimento chegaria a R$ 847,00 (8,47% ao ano), e não há cobrança de taxa de administração nem de Imposto de Renda. O mesmo investimento renderia R$ 1.056,00 (10,56% ao ano) em um fundo com taxa de administração de 0,5% ao ano; R$ 1.003,00, com taxa de 1%; R$ 938,00, com taxa de 1,5%; R$ 873,00, com taxa de 2%;
R$ 821,00, com taxa de 2,5%; e R$ 757,00, com taxa de 3%.