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Contas Públicas

- Publicada em 17 de Outubro de 2016 às 18:54

Dívida rompe barreira de R$ 3 tri ainda neste ano

Estoque foi reduzido, mas resultado negativo continuará crescendo

Estoque foi reduzido, mas resultado negativo continuará crescendo


JONATHAN HECKLER/JC
A dívida pública federal apresentou leve redução em agosto. Relatório divulgado pelo Tesouro Nacional, nesta segunda-feira, mostra que o estoque foi reduzido em R$ 1,32 bilhão (0,04%) em relação a julho e ficou em R$ 2,955 trilhões. Segundo o documento, o governo fez um resgate líquido de títulos públicos no valor de R$ 33,17 bilhões em agosto, mas os juros que corrigem o estoque somaram R$ 31,84 bilhões, o que anulou a maior parte da redução que o endividamento poderia ter. Segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida deve terminar o ano em um intervalo entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões.
A dívida pública federal apresentou leve redução em agosto. Relatório divulgado pelo Tesouro Nacional, nesta segunda-feira, mostra que o estoque foi reduzido em R$ 1,32 bilhão (0,04%) em relação a julho e ficou em R$ 2,955 trilhões. Segundo o documento, o governo fez um resgate líquido de títulos públicos no valor de R$ 33,17 bilhões em agosto, mas os juros que corrigem o estoque somaram R$ 31,84 bilhões, o que anulou a maior parte da redução que o endividamento poderia ter. Segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida deve terminar o ano em um intervalo entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões.
Em agosto, as emissões de papéis no mercado somaram R$ 66,38 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 99,55 bilhões. Isso resultou num resgate líquido de R$ 33,17 bilhões. A maior parte dos títulos ofertados aos investidores foi prefixada (R$ 36 bilhões). Eles são mais vantajosos para o Tesouro, porque sua remuneração é acertada previamente, o que dá ao governo maior previsibilidade na gestão da dívida. No caso dos resgates, os papéis corrigidos pela inflação foram os destaques: R$ 98,84 bilhões.
Segundo o relatório, parcela dos títulos com remuneração prefixada no estoque aumentou, passando de 35,23%, em julho, para 36,85%, em agosto. A participação dos títulos indexados à inflação, por sua vez, caiu, passando de 34,25% para 31,82% no mesmo período. Já a fatia dos papéis remunerados pela taxa Selic subiu de 26,16% para 26,94% do estoque.
Segundo o Tesouro, os investidores estrangeiros voltaram a reduzir sua participação na dívida. Ela caiu de 16,23% para 15,67% entre julho e agosto, sendo que seu estoque decresceu R$ 16,06 bilhões. Já as instituições financeiras aumentaram sua fatia no endividamento, que passou de R$ 647,29 bilhões (22,85%) para R$ 659,66 bilhões (23,31%). Os maiores detentores continuam sendo os fundos de previdência, com R$ 696,42 bilhões (24,61%).
Em agosto, o custo médio das emissões de papéis em oferta pública ficou maior em 0,17 ponto percentual, passando para 14,56% ao ano. Em julho, era de 14,39% ao ano. O custo médio da dívida também cresceu nesse período. No acumulado em 12 meses, passou de 13,81% ao ano, em julho, para 13,92% ao ano, em agosto.
 

Balança tem superávit de US$ 662 milhões na 2ª semana de outubro

Estoque foi reduzido, mas resultado negativo continuará crescendo

Estoque foi reduzido, mas resultado negativo continuará crescendo


JONATHAN HECKLER/JC
A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 662 milhões na segunda semana de outubro. De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o saldo do período, com quatro dias úteis, é resultado de US$ 3,147 bilhões em exportações e US$ 2,485 bilhões de importações. O valor é superior ao da primeira semana do mês, que registrou superávit de US$ 499 milhões. No acumulado do mês, as exportações já somam US$ 6,521 bilhões, e as importações, US$ 5,360 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,16 bilhão.
O Brasil caminha para ter, em 2016, um saldo comercial recorde. Neste ano, as importações já somaram US$ 108,5 bilhões, enquanto as exportações totalizaram US$ 145,8 bilhões, ficando o País, assim, com um saldo positivo de US$ 37,3 bilhões. A balança comercial total de 2015 foi de US$ 19,69 bilhões. A queda nas importações tem contribuído para esse saldo positivo. Em 2016, a média diária das compras de artigos do exterior está 11% abaixo da média diária do ano passado: US$ 595,5 milhões neste ano versus US$ 669,2 milhões de 2015.
Se comparado ao mesmo período parcial de 2015, houve uma queda de 5,2% no saldo. A retração ocorreu por conta da queda nas vendas de produtos básicos (-13,5%) e manufaturados (-0,3%). Contudo, a venda de produtos semimanufaturados, como açúcar bruto, couros, peles e ferros fundidos, teve uma alta de 7,8%.

Para Alckmin, reformas são necessárias para que a PEC dos gastos seja exequível

Os governadores de São Paulo e de Goiás, ambos do PSDB, defenderam nesta segunda-feira, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos - a PEC 241 - assim como a aprovação de reformas estruturais para equilibrar as contas públicas, em especial a reforma da Previdência.
Após participar de conferência internacional sobre açúcar e etanol promovida pela Datagro, o governador paulista, Geraldo Alckmin, afirmou a jornalistas que as reformas são "importantes" e "essenciais" para que a PEC 241 seja aplicável. "É preciso ter a reforma da Previdência e as demais reformas. Elas são essenciais, especialmente a reforma da Previdência", disse Alckmin. "Sou favorável à PEC, mas é importante que haja reformas para que ela seja exequível."
Também presente ao evento, Marconi Perillo, governador de Goiás, frisou que o País precisa de um "choque de realidade", ao defender a aprovação do projeto que estabelece um teto às despesas primárias da União. "Se não tivermos um choque de realidade, o Brasil vai chegar à situação da Grécia", afirmou Perillo, que também defendeu a reforma nas aposentadorias. "O Brasil está vivendo com o que não tem. Temos que viver com o que temos."

Por falta de acordo, projeto da repatriação emperra

Dias depois de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmar que não iria mais votar o projeto que altera a Lei da Repatriação, nesta segunda-feira, foi a vez de o relator da proposta, Alexandre Bady (PTN-GO), dizer que o tema está definitivamente descartado. Apesar das declarações de Maia, havia ainda negociações entre governadores, Palácio do Planalto e deputados na tentativa de um entendimento. "Não houve acordo e, sem isso, a Câmara está impossibilitada de votar. Acreditávamos que os governadores conseguiriam convencer suas bancadas (de deputados), mas infelizmente esse acordo não foi exitoso", disse Baldy no início da noite de ontem. Horas antes, ele ainda falava na possibilidade de entendimento.