Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 17 de Outubro de 2016 às 17:54

Preço de energia nos leilões será alinhado com condições de financiamento

Agência Estado
Os preços de energia nos próximos leilões a serem promovidos pelo governo devem estar alinhados com as reais condições de financiamento do mercado, disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso. "Uma condição mais apertada implica uma necessidade de mais preço para remunerar o mesmo capital com aquele financiamento, e esse realismo tarifário (...) é algo que vamos perseguir", afirmou, ao comentar as novas regras do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) para empréstimos a projetos do setor elétrico.
Os preços de energia nos próximos leilões a serem promovidos pelo governo devem estar alinhados com as reais condições de financiamento do mercado, disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso. "Uma condição mais apertada implica uma necessidade de mais preço para remunerar o mesmo capital com aquele financiamento, e esse realismo tarifário (...) é algo que vamos perseguir", afirmou, ao comentar as novas regras do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) para empréstimos a projetos do setor elétrico.
O banco de fomento modificou as condições de financiamento para boa parte dos empreendimentos do setor, ainda favorecendo com taxas subsidiadas projetos de geração de energias renováveis e elevando as taxas para fontes não renováveis, como projetos termelétricos. "O Bndes, para todas as fontes, visou trazer um financiamento mais compatível com as reais condições de mercado e do banco. Em um ambiente que tem hoje macro do Brasil e institucional, não tem dúvida que as notícias que o Bndes tem não são as melhores, mas são notícias que serão traduzidas em preço", disse.
Embora o Bndes tenha elevado de maneira significativa os custos de financiamento para projetos térmicos, Barroso disse que a fonte é importante para a matriz brasileira. "A matriz elétrica brasileira precisa de recursos e as térmicas são componentes fundamentais para expansão", disse, destacando em particular as térmicas a gás natural.
O governo abriu uma consulta pública sobre as diretrizes para o mercado de gás natural que inclui a discussão do uso do combustível para a geração de energia. Barroso defendeu a possibilidade de inserção de algumas térmicas para a geração de energia "na base" - não apenas em caso de necessidade, como ocorre hoje. "Isso pode não ser ruim, porque liberaria as hidrelétricas para fazer a flexibilidade", justificou, sinalizando que as hidrelétricas poderiam administrar melhor seus reservatórios. "Mas se colocar muito gás na base, pode provocar vertimentos desnecessários (das hidrelétricas)", ponderou, destacando que o volume ideal, de equilíbrio, para a inserção de térmicas a gás natural na base do sistema será estudado.
Ele negou a possibilidade de ter contratos de energia em dólar no curto prazo. "Não tem absolutamente nada sendo concretizado sobre isso", disse. Barroso, que antes de assumir a presidência da EPE era consultor no setor elétrico, chegou a sugerir pessoalmente a alternativa anteriormente. "Eu acho que faz muito sentido fazer uma análise de custo-benefício, acho que seria interessante fazer um estudo, se virmos que vale a pena, avançamos", afirmou, salientando que no momento não há qualquer estudo neste sentido.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO