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Economia

- Publicada em 13 de Outubro de 2016 às 11:03

Kellogg compra controlador da fabricante de alimentos Parati por R$1,38 bilhão

Companhia catarinense vende biscoitos, cereais e refrescos

Companhia catarinense vende biscoitos, cereais e refrescos


Bruna Oliveira/Especial/JC
Guilherme Daroit
A Kellogg anunciou nesta quinta-feira (13) a compra da Ritmo Investimentos S/A, controladora da fabricante de alimentos Parati e também das empresas Pádua e Afical, por R$ 1,38 bilhão. É a maior aquisição do grupo norte-americano já realizada na América Latina, que está dentro de estratégia de avançar na área de petiscos e em mercados emergentes.
A Kellogg anunciou nesta quinta-feira (13) a compra da Ritmo Investimentos S/A, controladora da fabricante de alimentos Parati e também das empresas Pádua e Afical, por R$ 1,38 bilhão. É a maior aquisição do grupo norte-americano já realizada na América Latina, que está dentro de estratégia de avançar na área de petiscos e em mercados emergentes.
A aquisição da Ritmo Investimentos será feita toda em dinheiro, por meio da subsidiária Pringles Serviços e Comércio de Alimentos Ltda. e deve ser concluída até o fim do ano, afirmou a Kellogg. Pelo câmbio atual, o valor é equivalente a US$ 429 milhões.
O grupo, que tem faturamento de cerca de R$ 600 milhões e sede em São Lourenço do Oeste (SC), foi fundada em 1972 por imigrantes italianos. A companhia tem 3,2 mil funcionários e vende 100 mil toneladas de alimentos por ano, entre biscoitos, cereais e refrescos. Com 78 mil m² de área construída, a empresa mantém 47 linhas de produção e mais de 150 diferentes produtos.
Além da sede no município catarinense, onde possui fábrica e centro de distribuição (CD), a Parati também possui fábrica e CD em Natal (RN), e outro CD no Rio de Janeiro (RJ). No Rio Grande do Sul, a empresa possui uma fábrica em construção em Santa Maria, que se chamará Datia Alimentos e produzirá massas caseiras. A Parati já atuava na cidade gaúcha desde 1998 por meio da filial Pádua Ltda., que teve a produção encerrada nos últimos meses.
A forte presença das marcas da Ritmo Investimentos em pequenos e médios mercados foi apontada como um dos atrativos para o negócio, segundo o comunicado da Kellogg, que classifica o movimento como "crucial para atingir a crescente população do País". A Parati mantém quase 1,3 mil pessoas apenas no setor de vendas, que atendem cerca de 60 mil clientes.
Com a transação, a Kellogg afirmou que vai reduzir recompras de ações este ano para US$ 450 milhões a US$ 550 milhões, ante expectativa de US$ 700 milhões a US$ 750 milhões, para "preservar flexibilidade financeira".
"A combinação do portfólio e força de vendas e distribuição da Parati com os recursos globais da Kellogg representa tremenda oportunidade. Podemos expandir nossa presença em um mercado em rápida expansão", afirmou em comunicado Maria Fernanda Mejia, presidente da Kellogg Latin America.
"O Brasil é a maior economia da América Latina e esta aquisição vai nos permitir acelerar o crescimento e melhorar nossas margens na região", afirmou o presidente-executivo da Kellogg, John Bryant, no comunicado.
Já os acionistas da Parati afirmam, em comunicado, que estavam no mercado em busca de um parceiro estratégico capaz de realizar os investimentos necessários para que a empresa pudese encarar seus principais concorrentes. Segundo a direção da Ritmo Investimentos, "a expertise e a força da Kellogg, aliadas à plataforma e ao time da companhia, trarão excelentes resultados e conquistas".
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