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Agronegócios

- Publicada em 10 de Outubro de 2016 às 17:48

Cai exportação gaúcha do agronegócio em setembro

Em setembro, embarques no Estado tiveram recuo de 34,5% em valor

Em setembro, embarques no Estado tiveram recuo de 34,5% em valor


ASSCOM/ APPA/DIVULGAÇÃO/JC
O mês de setembro registrou uma queda de 34,5% no valor e de 43,5% no volume das exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul na comparação com agosto. O resultado interrompeu uma sequência de quatro meses de recuperação do setor, que teve em junho seu pico. Os dados estão no Relatório de Comércio Exterior divulgado pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul.
O mês de setembro registrou uma queda de 34,5% no valor e de 43,5% no volume das exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul na comparação com agosto. O resultado interrompeu uma sequência de quatro meses de recuperação do setor, que teve em junho seu pico. Os dados estão no Relatório de Comércio Exterior divulgado pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul.
Soja e fumo foram os principais responsáveis pelo resultado negativo na relação entre agosto e setembro. O grão teve queda de 52,7% no valor e de 51,5% no volume. Já o fumo registrou -31,4% no valor e -28,9%. Na comparação com setembro de 2015 e o mesmo período deste ano, os produtos também foram responsáveis pela queda de -32,3% no valor exportado com soja registrando -42,4% e fumo -51,2%.
O resultado encerra uma sequência de quatro meses consecutivos de alta na comparação entre 2015 e 2016. Entre janeiro e setembro, o acumulado é de US$ 8,743 bilhões, queda de 3,64% em relação ao mesmo período de 2015. Em agosto, o valor era superior ao mesmo período do ano passado. Mesmo com resultado negativo, a participação do setor se mantém expressiva no total exportado pelo Estado, respondendo por 64,1% das vendas, com US$ 835 milhões.
A China continua sendo o principal comprador do agronegócio gaúcho. O resultado de setembro foi responsável por um pequeno recuo, mas mantendo o país oriental como grande destino do produto gaúcho, com 38,41% de participação. Em segundo lugar aparece os Estados Unidos, respondendo por 4,7% e em terceiro o Irã com 3,78% do total.
 

Comercialização de trigo preocupa produtores no início da colheita

A colheita da safra 2016 do trigo gaúcho iniciou ontem com uma grande apreensão entre os produtores. O motivo é o excesso do cereal no mercado mundial, proveniente principalmente de países tradicionais em exportação de trigo como a Argentina, que deve colher 14 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul deve colher cerca de 2,2 milhões de toneladas, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Depois de enfrentar frustração de safra em 2014 e 2015, o Estado deve registrar neste ano uma produção normal, sem grandes volumes, já que a falta de chuva durante o inverno em algumas regiões pode ter reduzido a produtividade, mas não comprometeu a qualidade do trigo.
Segundo o presidente da Fecoagro/RS, Paulo Pires, existe um bom potencial para o trigo e a expectativa é de um excedente entre 1,2 milhão e 1,5 milhão de toneladas. "É um volume bem considerável para ser exportado a outros estados, principalmente do Norte e Nordeste, ou mesmo outros países. Vale ressaltar que o Rio Grande do Sul tem uma característica única em termos de Brasil ao ser autossuficiente em trigo, enquanto o País consome o dobro do que produz e precisa importar", explica. Pires destaca que apesar da importância do cereal, já existe mesmo antes de começar a safra, uma dificuldade de vender o produto. Conforme o dirigente, o que preocupa é a fluidez do mercado e hoje uma cooperativa não pode se dar ao luxo de comprar por um preço e depois o valor cair. "Por isso acredito que as cooperativas terão cautela e irão comercializar dentro do quadro que podem. Muitas estão com um preço que não reflete, por exemplo, a normalidade de uma comercialização e a tendência é de baixa", explica.
A Câmara Setorial Nacional do Trigo está tratando de mecanismos de comercialização com a participação da Fecoagro/RS e das Organizações das Cooperativas gaúchas e do Paraná (Ocepar). Entre as demandas encaminhadas estão principalmente o Prêmio de Equalização Pago ao Produtor (Pepro) que subsidia a diferença entre o preço mínimo e o preço que está sendo praticado no mercado do trigo pão tipo 1 que está sendo colhido no Estado e o excedente poderia ser mandado para os moinhos do Nordeste, e a questão de Aquisições do Governo Federal (AGF) que é para uma composição do estoque regulador da Conab. "Pode surgir algo no caminho, mas hoje para garantir o preço mínimo, propomos ao governo programas de comercialização específicos para as culturas de inverno, para o trigo", afirma Pires. Atualmente, o valor de mercado da saca de 60 quilos do cereal está abaixo do preço mínimo definido pelo governo federal, estipulado em R$ 38,65.

Arroz do Brasil gera US$ 13,7 milhões em feira no Peru

A mais recente atividade do projeto Brazilian Rice no Peru confirmou o país vizinho como um mercado alvo de extrema importância para as exportações de arroz brasileiro. O projeto apoiou a participação de 10 empresas nacionais na feira Expoalimentaria, em Lima, registrando recorde de contatos e projeção de negócios, com a perspectiva de gerar US$ 13,7 milhões para o setor orizícola do País nos próximos 12 meses. O projeto Brazilian Rice é uma iniciativa da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para o incentivo às exportações deste produto nacional.
Foram mais de 300 contatos com importadores, distribuidores e varejistas do Peru, em maior parte, mas também de outros países americanos, como Chile, Panamá, Equador, Colômbia e Estados Unidos. "A feira confirmou que estamos ganhando mercado sobre outros países, como Uruguai, em função da disponibilidade para o fornecimento de variedades distintas de arroz", explica Gustavo Ludwig, gerente do projeto Brazilian Rice. O Peru e outros países da América Latina, lembra Ludwig, são reconhecidos como mercados exigentes sobre a qualidade de compra de arroz - qualidade esta que é, justamente, um dos diferenciais do cereal brasileiro e do trabalho das indústrias de beneficiamento nacionais.
Esta foi a terceira participação seguida do projeto Brazilian Rice na feira Expoalimentaria, inserida em um mercado de expansão para o Brasil. As exportações de arroz beneficiado brasileiro para o Peru em 2016 têm apresentado números positivos em comparação com 2015. Nos últimos sete meses, foram embarcadas para o país vizinho 43 mil toneladas (US$ 21 milhões), ante 35 mil toneladas (U$S 18 milhões) do mesmo período de 2015.