O setor calçadista gaúcho aponta que a operação padrão nas aduanas no Rio Grande do Sul está prejudicando o fluxo comercial do setor. Os auditores fiscais estão há mais de um ano com a ação, que, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), teria se intensificado desde julho.
A entidade pretendia levar documento ao ministro do Desenvolvimento, Marcos Pereira, que teria agenda nesta sexta-feira (7) na Federação das Indústrias do Estado (Fiergs). Houve cancelamento da agenda. O presidente-executivo da associação, Heitor Klein, pretendia solicitar maior agilidade do governo federal acordos já firmados.
A operação gera demora no abastecimento de insumos para indústrias, o que prejudica a produção e pode afetar os empregos. “O movimento dos auditores fiscais causa atrasos operacionais de 48 a 168 horas”, diz Klein.
O presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Rio Grande do Sul, Lauri Kotz, afirma que o prejuízo diário estimado com os atrasos é de US$ 3 milhões devido ao impacto ao transporte terrestre, marítimo e aéreo. A operação padrão atinge todos os portos terrestres, aéreos e marítimos do Estado, diz Kotz.