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Economia

- Publicada em 06 de Outubro de 2016 às 18:16

Anfavea prevê retomada do setor nos próximos meses

Encontros terão temáticas específicas para demandas de cada região

Encontros terão temáticas específicas para demandas de cada região


arquivo/JC
Após acumular sucessivas quedas, o setor automotivo deve começar a se recuperar nos próximos meses, avalia a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). "A gente acredita que outubro vai ser um mês forte de produção. Vai ter um crescimento de vendas também", disse nesta quinta-feira o presidente da entidade, Antonio Megale, ao apresentar balanço do setor. Megale projeta que nos próximos meses a produção fique na ordem de 200 mil unidades.
Após acumular sucessivas quedas, o setor automotivo deve começar a se recuperar nos próximos meses, avalia a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). "A gente acredita que outubro vai ser um mês forte de produção. Vai ter um crescimento de vendas também", disse nesta quinta-feira o presidente da entidade, Antonio Megale, ao apresentar balanço do setor. Megale projeta que nos próximos meses a produção fique na ordem de 200 mil unidades.
Em setembro, foram fabricados 170 mil veículos, queda de 2,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O resultado representa o menor nível de produção para o mês desde 2003. No acumulado dos primeiros três trimestres do ano, a retração chega a 18,5%, com a produção de 1,55 milhão de veículos.
As vendas de veículos novos caíram 27,4% em 12 meses, entre outubro de 2015 e setembro passado, em comparação com o mesmo período anterior. Foram emplacados 2,12 milhões de unidades no período, contra 2,93 milhões de outubro de 2014 a setembro de 2015. As vendas de veículos importados foram 13,9% do total deste período.
Com a baixa demanda, os estoques continuam elevados. Os pátios das montadoras e das concessionárias terminaram o mês com 212,5 mil veículos à espera de um comprador. O estoque é suficiente para 40 dias de venda, considerando o ritmo das vendas registrado em setembro. O ideal é que os estoques sustentem cerca de 30 dias de vendas.
Apesar dos números ruins, Megale disse que muitas empresas estão retomando a produção após terem reduzido o quadro de funcionários ou aderido ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). "Algumas estão deixando de usar o PPE, ou porque fizeram um ajuste, através de programa voluntário, e ajustaram a sua estrutura ao nível de produção que elas preveem; e outras estão precisando produzir mais. Então elas estão saindo do regime (do PPE), porque impede inclusive a questão de hora extra", ressaltou.
A indústria automotiva registrou em setembro 124,6 mil empregados, 6,7% menos do que no mesmo mês no ano passado. Em comparação com agosto, foram fechados 136 mil postos de trabalho (queda de 1,1%). Em 12 meses, a perda chega a 8,97 mil empregados no setor. O número de funcionários afastados das fábricas caiu para 7,3 mil em setembro, de 22,3 mil em agosto. Em agosto, havia 19,8 mil trabalhadores cadastrados no PPE e outros 2,5 mil em regime de lay-off (suspensão temporária de contratos). Em setembro, esses números recuaram para 5,3 mil e 2 mil, respectivamente.
Para os próximos meses, Megale acredita que a indústria deva acompanhar a melhora geral do cenário econômico, impulsionado pelas medidas de ajuste propostas pelo governo federal. "A gente tem visto outros sinais. Há uma sinalização do Banco Central (BC) para começo de queda da taxa de juros, que é outro fator positivo. À medida que a taxa de juros começar a cair, que as medidas econômicas forem adotadas, que formos dando sinais para o mundo que a economia está de volta aos trilhos, volta a confiança do investidor", ponderou.
O setor de máquinas agrícolas tem apresentado resultados melhores do que do restante da indústria automotiva. Em setembro, as vendas registraram alta de 6,1% em relação a agosto, com a comercialização de 4,8 mil unidades. Em comparação com setembro de 2015, o aumento é de 22,2%. Porém, no acumulado do ano, foi registrada queda de 17,4%. Nos primeiros três trimestres deste ano, foram vendidas 30,4 mil máquinas, contra 36,8 ml unidades do ano passado.
Megale alertou, entretanto, para a possibilidade de que a falta de recursos para financiamento se torne um gargalo para o setor. "O que acontece é que essas máquinas, normalmente, são vendidas através de alguns programas de financiamento do governo, principalmente o Moderfrota. Os recursos que o governo disponibilizou para o Moderfrota, na nossa conta, não vai atender até o final do Plano Safra", disse, referindo-se ao Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras.
 
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