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Economia

- Publicada em 05 de Outubro de 2016 às 18:15

Preço de imóveis registra maior alta em 15 meses

Resultado não caracteriza ciclo de recuperação, informa o FipeZap

Resultado não caracteriza ciclo de recuperação, informa o FipeZap


NELSON ALMEIDA/AFP/JC
O preço anunciado dos imóveis residenciais subiu 0,12% entre agosto e setembro, na média de 20 cidades brasileiras. Essa foi a maior alta mensal registrada desde julho de 2015, de acordo com pesquisa divulgada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base nos anúncios do site Zap Imóveis.
O preço anunciado dos imóveis residenciais subiu 0,12% entre agosto e setembro, na média de 20 cidades brasileiras. Essa foi a maior alta mensal registrada desde julho de 2015, de acordo com pesquisa divulgada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base nos anúncios do site Zap Imóveis.
Considerando a inflação prevista de 0,24% para setembro - conforme projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC) - os imóveis continuam passando por desvalorização. Nos últimos meses, o preço sofreu pressão de baixa devido à crise econômica que também afetou o mercado imobiliário e fez os consumidores adiarem o fechamento de negócios. Com isso, os preços subiram apenas 0,27% no ano e 0,22% nos últimos 12 meses, segundo o Índice Fipezap.
O resultado de setembro sugere uma melhora, mas ainda não caracteriza, de fato, o início de um ciclo de recuperação no setor, avalia o coordenador do Índice Fipezap, Eduardo Zylberstajn. "É um aumento muito tímido e abaixo da inflação. Não dá para dizer que o mercado imobiliário já chegou a uma inflexão", pondera, explicando que ainda é preciso esperar por novos resultados positivos.
Zylberstajn observa que a mudança no governo federal melhorou os ânimos de empresários e investidores porque a nova gestão esclareceu qual caminho pretende seguir para tirar o País da crise. No entanto, a adoção das medidas de ajuste fiscal pelo governo depende de negociações com o Congresso e de apoio popular.
"Para o País voltar a um ciclo positivo, o governo precisa entregar o que prometeu", apontou o coordenador, acrescentando que a recuperação dos preços no mercado imobiliário está associada à melhora do quadro macroeconômico. "Ainda não vejo essa retomada acontecendo com consistência. Acredito que os preços ainda vão levar um tempo para se recuperar", avaliou.
Entre as 20 regiões inseridas no Índice Fipezap, oito mostraram queda nominal nos preços em setembro, entre as quais São Paulo (-0,01%), Campinas (-0,06%) e Distrito Federal (-0,19%). Por outro lado, 12 cidades tiveram alta no mês. Entre elas, está o Rio de Janeiro (0,09%), onde os preços vinham caindo seguidamente. Em setembro, o valor médio do metro quadrado nas 20 cidades alcançou R$ 7.644,00. O Rio de Janeiro se manteve como a cidade mais cara do País (R$ 10.232,00/m2), seguida por São Paulo (R$ 8.612,00/m2) e Distrito Federal (R$ 8.544,00/m2).
 
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