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Economia

- Publicada em 04 de Outubro de 2016 às 13:33

IPC de setembro é o mais baixo em SP desde março de 2013, diz Fipe

Agência Estado
A queda de 0,14% no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em setembro é o resultado mais baixo apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) desde março de 2013, quando houve recuo de 0,17%. Segundo o coordenador do IPC, André Chagas, a baixa de 1,09% do grupo Alimentação foi determinante para a deflação no nono mês deste ano. Trata-se da queda mais acentuada desse grupo desde junho de 2016, quando o declínio foi de 1,35%.
A queda de 0,14% no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em setembro é o resultado mais baixo apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) desde março de 2013, quando houve recuo de 0,17%. Segundo o coordenador do IPC, André Chagas, a baixa de 1,09% do grupo Alimentação foi determinante para a deflação no nono mês deste ano. Trata-se da queda mais acentuada desse grupo desde junho de 2016, quando o declínio foi de 1,35%.
"O resultado surpreendeu e é um ótimo sinal. Porém, deve voltar a subir em outubro", adiantou Chagas. A deflação veio mais significativa que a taxa de -0,05% aguardada pela Fipe para o IPC e também fora do intervalo das expectativas na pesquisa do Projeções Broadcast, de recuo de 0,10% a alta de 0,06%. Para o grupo de alimentos, ele previa variação negativa de 0,86%
A expectativa de Chagas é que o IPC feche este mês com alta de 0,27%. Contudo, a deflação apurada em setembro permitiu, segundo ele, a revisão na projeção para o dado fechado de 2016 para 6,60%, ante estimativa de 7,30%. "O importante é a trajetória de desaceleração do índice, que deve continuar", disse.
De acordo com o economista, um dos principais itens a contribuir para o declínio do grupo Alimentação em setembro foi o leite, um dos vilões da inflação dos últimos meses. "Terminou o choque de preços em leite. Esperávamos uma queda de 10,29% e veio mais forte, recuou 11,75%. Há espaço para cair mais, pois a taxa acumulada no ano é de alta de 39,31%. Cereais também ajudaram, com destaque para feijão, com queda de 5,58%, explicou. Com isso, o segmento de semielaborados cedeu 1,26% no nono mês, ante alta de 0,31% em agosto.
Os alimentos in natura, que caíram 5,40%, depois de sutil elevação de 0,01% no oitavo mês de 2016, também permitiram alívio no grupo Alimentação, disse Chagas. Ele citou como exemplo a taxa negativa de 9,63% em verduras ante recuo de 9,59%, puxada por todos os componentes, mas com destaque para declínio de 17,03% no preço do repolho. "Pode ser que os preços ainda fiquem baixos na primeira parte deste mês. Depois, os preços de frutas, legumes e verduras tendem a voltar um pouco", estimou.
Já a carne bovina deve ser o principal motivo de reversão de queda do grupo Alimentação no IPC de outubro, conforme o coordenador do índice. Em setembro, carne bovina ficou 1,71% mais elevada e já há sinais de alta mais forte à frente, assim como de aves, que encareceram 3,14% no nono mês. "Serão motivo para tirar o grupo do vermelho", reforçou.
De acordo com Chagas, a pressão sobre etanol também deve incomodar a inflação paulistana de outubro. O preços ficaram 1,61% mais caros em setembro, enquanto a gasolina ainda teve deflação de 0,06%. "Na ponta (pesquisa recente), o etanol já sobe mais de 3% e, no atacado, tem alta na faixa de 8%", disse. Para o fim do mês, a Fipe espera que o grupo Transportes feche com taxa positiva de 0,46%, na comparação com 0,24% em setembro.
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