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consumo

- Publicada em 03 de Outubro de 2016 às 18:33

Na crise, varejo contrata os mais velhos

Demissões atingiram em maior número quem tinha baixa escolaridade

Demissões atingiram em maior número quem tinha baixa escolaridade


MATEUS BRUXEL/ARQUIVO/JC
Em meio à crise nas vendas, o comércio varejista apostou na dispensa de trabalhadores jovens e contratação de funcionários mais maduros, segundo um levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em 2015, o número de trabalhadores ocupados no varejo recuou pela primeira vez desde 1992. Ao final do ano passado, 7,92 milhões de pessoas trabalhavam no setor em todo o País, uma queda de 2,1% em relação ao ano anterior, o equivalente a 171.969 vagas a menos. Os dados foram compilados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho.
Em meio à crise nas vendas, o comércio varejista apostou na dispensa de trabalhadores jovens e contratação de funcionários mais maduros, segundo um levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em 2015, o número de trabalhadores ocupados no varejo recuou pela primeira vez desde 1992. Ao final do ano passado, 7,92 milhões de pessoas trabalhavam no setor em todo o País, uma queda de 2,1% em relação ao ano anterior, o equivalente a 171.969 vagas a menos. Os dados foram compilados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho.
Do total de vagas cortadas no varejo, 91,6% ocorreram entre trabalhadores com até 24 anos de idade, o que significa que 157,6 mil jovens perderam seus empregos. Ao mesmo tempo, a despeito da redução nas vendas, foram geradas 27,8 mil vagas no comércio varejista para trabalhadores com 50 anos ou mais de idade.
Quanto à remuneração média, os cortes atingiram mais as faixas de renda mais altas: entre 5,01 e 10,00 salários-mínimos (-9,5% ante 2014), de 10,01 a 20,00 salários-mínimos (-10,3%) e acima de 20 salários-mínimos (-7,4%). Em 2015, 89,7% dos comerciários recebiam rendimentos mensais entre 1,01 e 3,00 salários mínimos, o maior percentual nessa faixa em 13 anos de levantamentos.
As demissões atingiram, majoritariamente, os trabalhadores com escolaridade mais baixa. Os empregados que não completaram o Ensino Médio responderam por 99,5% do fechamento de vagas no varejo em 2015, o equivalente a 170,9 mil dispensados.
Entre as 10 profissões com maior participação na força de trabalho do varejo, a que mais cortou empregados foi a de auxiliar administrativo, com redução de 7,1% no número de vagas (-45,8 mil postos). Os vendedores, categoria profissional responsável por 33,9% da força de trabalho do varejo, perderam 33,8 mil vagas em 2015.
O varejo é segundo maior empregador do País entre os 25 principais subsetores econômicos. A CNC ressalta que a queda no número de pessoas ocupadas coincide com o pior ano nas vendas do varejo. Em 2015, o faturamento real do setor apresentou a maior retração em 15 anos, -8,6% em relação a 2014, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dia das Crianças deve movimentar mais de R$ 62 milhões

Demissões atingiram em maior número quem tinha baixa escolaridade

Demissões atingiram em maior número quem tinha baixa escolaridade


MATEUS BRUXEL/ARQUIVO/JC
Pesquisa encomendada por CDL POA e Sindilojas Porto Alegre indica que as lojas do segmento infantil têm o que comemorar com a proximidade do Dia das Crianças. É esperado um crescimento real de 6,28% nas vendas na Capital em relação ao mesmo período de 2015, já considerando a inflação do período. A projeção é de que a data movimente um total de R$ 62,12 milhões neste ano - R$ 3 milhões a mais do que o resultado alcançado no mesmo período em 2015.
Conforme a pesquisa, o ticket médio será de R$ 82,93, enquanto que em 2015 o valor gasto pelos consumidores foi, em média, R$ 78,03. "Esse resultado mostra que, mesmo em tempos em que só se fala em crise, o sentido emotivo da comemoração prevalece, e garantir o melhor presente é o foco dos consumidores em Porto Alegre", afirma o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse.
Para Alcides Debus, presidente da CDL Porto Alegre, a data promete ser positiva nas vendas, pois vem em um período de retomada do crescimento da economia. "De acordo com a nossa pesquisa, a projeção de movimentação se aproxima dos patamares de 2014, quando tivemos um ótimo resultado. Com o índice de confiança do consumidor em alta, a tendência é que as pessoas se sintam seguras para voltar a consumir gradativamente mais", estima.
A maioria dos consumidores pretende comprar o presente para o próximo Dia das Crianças, à vista. De acordo com o levantamento, 39% dos consultados devem comprar em dinheiro e 21% pretendem comprar à vista, no cartão de débito. Brinquedo segue sendo o produto mais procurado pelos consumidores (conforme 63% dos consultados), e o grande movimento no comércio é esperado para a semana que antecede o Dia das Crianças.
 

Vendas no comércio encolhem 3,2% em agosto, diz Mastercard

As vendas no comércio varejista brasileiro tiveram queda de 3,2% em agosto ante o mesmo mês de 2015, de acordo com o relatório MasterCard SpendingPulse. A queda média dos últimos três meses foi de 3,9%, uma marca ligeiramente menos negativa que a queda de 4,5% do segundo trimestre do ano.
O destaque positivo da pesquisa foi o e-commerce, que registrou 11% de crescimento em relação a agosto de 2015, considerada a maior alta anual desde setembro de 2015. Dentro do e-commerce, os setores de móveis e vestuário tiveram resultado positivo. Fora do e-commerce, dos sete setores analisados, supermercados, materiais de construção, artigos pessoais e de uso doméstico e produtos farmacêuticos superaram as vendas totais. Enquanto isso, vestuário, combustíveis e móveis e eletrônicos ficaram atrás do desempenho das vendas totais.
"A inflação continua a apresentar um quadro preocupante, mas deve diminuir até o final do ano", afirma Kamalesh Rao, diretor de pesquisa econômica da Mastercard Advisors, em nota. "Ainda assim, os ventos contrários direcionados aos gastos do consumidor brasileiro são muitos. Desse modo, o panorama continua pouco otimista no curto prazo."
Na divisão geográfica, houve queda em agosto nas regiões Norte (-1,0%), Sul (-0,7%) e Nordeste (-0,3%), que ficaram atrás da média nacional. Já o Sudeste e o Centro-Oeste superaram o resto do País em crescimento ano sobre ano, registrando 1,4% e 3,3%, respectivamente.