Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 10 de Outubro de 2016 às 23:20

Deputados alimentados

Antes da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos, o presidente Michel Temer (PMDB) ofereceu um jantar no Palácio da Alvorada para 215 deputados da base aliada. A refeição, melhor descrita como banquete, teve selfie de deputado do baixo clero com Temer, carne com risoto de funghi e salmão acompanhado de vinho. O jantar passaria despercebido se não fosse o impacto. Por um lado, é de uma ironia brutal bancar um jantar nababesco com dinheiro público para discutir uma proposta para cortar gastos públicos brutalmente. Por outro, para muitos deputados do baixo clero, foi a primeira vez que estiveram realmente perto do poder. A sensação de proximidade com o presidente facilita muito o andar das coisas no Congresso.
Antes da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos, o presidente Michel Temer (PMDB) ofereceu um jantar no Palácio da Alvorada para 215 deputados da base aliada. A refeição, melhor descrita como banquete, teve selfie de deputado do baixo clero com Temer, carne com risoto de funghi e salmão acompanhado de vinho. O jantar passaria despercebido se não fosse o impacto. Por um lado, é de uma ironia brutal bancar um jantar nababesco com dinheiro público para discutir uma proposta para cortar gastos públicos brutalmente. Por outro, para muitos deputados do baixo clero, foi a primeira vez que estiveram realmente perto do poder. A sensação de proximidade com o presidente facilita muito o andar das coisas no Congresso.
Vinho argentino
Um dos que não estavam na lista de convidados, o deputado federal gaúcho Pepe Vargas (PT) reclamou de um ponto alcoólico: o vinho servido era argentino. "Além do escárnio de comemorar antecipadamente a aprovação da PEC nº 241, que vai paralisar o Brasil, ainda boicotam produtores que dizem proteger", afirmou o petista. Ele apontou o dedo para a Frente Parlamentar da Uva e do Vinho. Alguns deputados da frente foram ao jantar e beberam o vinho do país vizinho.
Rentista pode
Antes de votar a PEC do Teto, os deputados se reuniram para decidir se iria ter intervalo ou não durante a votação. No meio de tudo, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou ser vergonhoso que parlamentares que lutaram tanto pela saúde estivessem defendendo uma PEC que iria justamente cortar recursos da área. "É lamentável! Sejam economistas, médicos, profissionais da saúde, vinculados à Santa Casa, que hoje se posicionam na defesa de uma mudança constitucional por duas décadas", afirmou. Segundo ela, o texto só é bom para banqueiros e ricos, já que não há limites para gastos financeiros. "Para rentista, pode", afirmou.
Recado das urnas
O deputado federal gaúcho Alceu Moreira (PMDB) tomou as críticas à PEC pessoalmente. "Eu ouço alguém falar em rentismo. Primeiro, as urnas disseram para a deputada, que foi candidata à prefeitura do Rio de Janeiro, que rejeitam o seu jeito de pensar. Deram-lhe voto de vereadora. Segundo, nunca os bancos ganharam tanto dinheiro neste País como no governo petista. Quando é que vai acabar o cinismo do discurso do governo para pobre e governo para rico?", questionou. Segundo ele, o PT "passa a mão na cabeça do pobre e governa para o rico", e a situação de crise que vive o Brasil é culpa do PT, que teria gastado demais. "Esse modelito fantástico, que gera felicidade para todo mundo e que tem dinheiro fácil para todo mundo, quebrou o Brasil. O Brasil real não permite isso."
Curta
A Câmara irá realizar sessão solene para comemorar os 50 anos do Movimento Tradicionalista Gaúcho nesta terça-feira, às 9h. O pedido para a homenagem foi feito pelo deputado federal gaúcho Afonso Hamm (PP).
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO