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- Publicada em 03 de Outubro de 2016 às 01:25

Fé, apesar de tudo


ANTONIO PAZ/JC
Por mais que os políticos estejam mais desgastados que pedra de afiar faca de churrasco, na sua maioria, o eleitor ainda acha que o seu candidato vai ajudar a rua, o bairro e a cidade a viver tempos melhores. Contrastando com os altos níveis de abstenção, nulos e brancos. A maior parte do eleitorado ainda crê, como este cidadão, que, mesmo de muletas e amparado, subiu as escadas da Escola Senador Ernesto Dorneles para votar. A acessibilidade deixa a desejar...
Por mais que os políticos estejam mais desgastados que pedra de afiar faca de churrasco, na sua maioria, o eleitor ainda acha que o seu candidato vai ajudar a rua, o bairro e a cidade a viver tempos melhores. Contrastando com os altos níveis de abstenção, nulos e brancos. A maior parte do eleitorado ainda crê, como este cidadão, que, mesmo de muletas e amparado, subiu as escadas da Escola Senador Ernesto Dorneles para votar. A acessibilidade deixa a desejar...

O sumiço da carteira 

O que o Brasil mais precisa é de empregos, e o que faz o Ministério do Trabalho? Atrasa a confecção das Carteiras de Trabalho, desde janeiro. A culpa é do sistema é a eterna desculpa, esse ente de costas largas que, por ser inanimado, não pode se defender. Sem carteira, não há contrato de trabalho; e sem este, não dá para trabalhar; e sem empregos, a recessão piora.

E a vencedora é...

A Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul. É a grande vencedora desse pleito. Mal era 19h e, em Porto Alegre, a apuração dos votos chegava nos 90%. E com a informatização, não existe mais zona da mata. Como diziam os candidatos que estavam mal na pedra, quando abrirem as urnas da vila...

O culpado de sempre

Os partidos e respectivos candidatos tiveram pelo menos quatro anos para divulgar seus programas, especialmente os já conhecidos. Então não é por bem aí jogar a culpa pelo fracasso eleitoral no reduzido espaço na propaganda gratuita.

Escondidinho de candidato

Debate com mais de dois ou três candidatos não é debate, é engessamento. Com muitos candidatos, as emissoras vão além do dever e criam tantas regras que dão mais a ideia de esforço para cercear a opinião dos candidatos do que para divulgá-las.

Estrela cadente I

Com queimaduras de 3º grau devidas às trapalhadas de gestão e à água fervente da Lava Jato, em Porto Alegre, o PT teve apenas o voto militante, e olhe lá. Ficar fora do segundo turno foi um golpe - no partido. Há um fator a considerar: desde os anos 1980 os candidatos de ponta da sigla são os mesmos. Não há sangue novo. Raul Pont foi candidato pela quarta vez.

Estrela cadente II

Nos principais colégios eleitorais do Rio Grande do Sul, o desempenho petista foi medíocre. Já se pode dizer que o grande derrotado nestas eleições municipais foi o PT.

Estrela cadente III

Em Caxias do Sul, Pepe Vargas ficou em 3º lugar, fora do segundo turno. Em Pelotas, Miriam Marroni foi ainda pior: terminou na 4ª colocação, atrás até do PSOL. A exceção que confirma a regra é Valdeci Oliveira, que vai disputar o segundo turno em Santa Maria contra Jorge Pozzobom (PSDB).

Adversário ideal

Dizer que o eleitor de Nelson Marchezan Júnior (PSDB) votou nele para tirar o PT da disputa pode não ser a realidade. O eleitor votou no tucano para tirar tanto o PT quanto a atual situação da disputa. Em resumo, chega dos mesmos.

Miúdas

  • PERIGA a esquerda votar em Nelson Marchezan Jr. no segundo turno só para derrotar Sebastião Melo.
  • COMO bem disse um cabo eleitoral, para Melo era melhor enfrentar o PT no turno do dia 30.
  • JUNIORES estão na moda. João Dória em São Paulo e Nelson Marchezan aqui. E ambos do PSDB.
  • IMPRESSIONANTE o desempenho de ACM Neto (DEM) na Bahia, mais de 73%. E sem ir a nenhum debate.
  • NO geral, novamente as pesquisas pisaram no tomate. Atenuante: inversão de voto na reta final.
  • CAMPANHA pobre, dívidas de campanha também. Mas isso não comove os credores dos candidatos.
  • PASSADO o primeiro turno, que tal bancários e banqueiros se acertarem? Tá chato isso.