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Porto Alegre, ter�a-feira, 25 de outubro de 2016. Atualizado �s 20h53.

Jornal do Com�rcio

Panorama

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MUSICAL

Not�cia da edi��o impressa de 26/10/2016. Alterada em 25/10 �s 16h47min

Musical em homenagem a C�ssia Eller chega a Porto Alegre

Espet�culo C�ssia Eller - O musical tem apresenta��es no fim de semana no Theatro S�o Pedro

Espet�culo C�ssia Eller - O musical tem apresenta��es no fim de semana no Theatro S�o Pedro


DIVULGA��O/JC
Caroline da Silva
"E a vida que ardia sem explicação" pode ser revista nos palcos. O verso é da canção O segundo sol, de Nando Reis (notável parceiro da intérprete) que fecha Cássia Eller - O musical. O espetáculo conta a história da compositora e cantora antes do início da carreira e acompanha toda sua trajetória.
Primeira produção do gênero a circular em todas as capitais do Brasil, a montagem chega, enfim, a Porto Alegre. No fim de semana, as apresentações ocorrem no palco do Theatro São Pedro (praça Marechal Deodoro, s/nº), com sessões na sexta-feira, às 21h; sábado, às 17h e 21h, e domingo, às 18h. Os ingressos - entre R$ 25,00 e R$ 100,00 - estão à venda na bilheteria do local e pelo site compreingressos.com.
O tom grave ditou a carreira de uma das artistas mais marcantes da MPB. Com sua voz rouca e personalidade irreverente, Cássia conquistou um público amplo e de várias faixas etárias. A cantora morreu abruptamente, no dia 29 de dezembro de 2001, aos 39 anos, horas após ser internada em uma clínica do Rio de Janeiro. A morte repentina levantou suspeitas de overdose, mas a hipótese foi descartada pelos médicos, que confirmaram três infartos seguidos.
A montagem tem direção de João Fonseca e Vinícius Arneiro, direção musical de Lan Lanh e texto de Patrícia Andrade. O roteiro, com 39 canções, passeia desde uma criação autoral quase obscura, como Flor do sol, até algumas canções que ficaram imortalizadas em sua voz característica, como Malandragem (Cazuza/Frejat), Socorro (Arnaldo Antunes/Alice Ruiz) e Por enquanto (Renato Russo). O amigo Nando Reis também é personagem do espetáculo, e comparece com várias composições no repertório, como Relicário, All Star e Luz dos olhos.
O espetáculo foi idealizado pelo gaúcho de Cruz Alta Gustavo Nunes, fundador e diretor da produtora Turbilhão de Ideias Entretenimento. Ele relata que a intenção de homenagear a cantora surgiu por uma forte admiração. Em 2012, conseguiu os direitos com a família. "Cássia, além de ser um dos maiores talentos da música nacional, foi uma mulher com muita atitude, com um poder de comunicação gigantesco. Seu legado para a cultura é imenso e inquestionável", justifica.
Nunes esclarece que as equipes do musical e do documentário sobre a artista, de Paulo Henrique Fontenelle (2014), não se comunicaram no processo de criação, apesar de serem contemporâneos: "Quando procurei a família dela, soube que já havia um filme em pré-produção. Assisti e achei formidável; mostra muitos aspectos da Cássia que não são abordados no musical. Recomendo a todos assistirem ao musical e ao documentário - ambos são complementares".
Cássia Eller - O musical é o primeiro espetáculo deste gênero lançado pela produtora. "O interessante é que estreamos neste segmento com um sucesso estrondoso: mais de 30 cidades, mais de 100 mil espectadores, desde 2014 em cartaz ininterruptamente. Isso tudo é motivo de imenso orgulho", comemora o empreendedor. Nunes ainda reconhece a importância do diretor João Fonseca no projeto: "Sua experiência acrescentou muito. Além dele, tivemos os diretores musicais, que trabalharam por 10 anos diretamente com a Cássia. Nos cercamos de profissionais altamente gabaritados e que a conheciam muito. Esses fatores todos foram fundamentais para representarmos no palco a Cássia como ela realmente era".
Para Fonseca, esse é um espetáculo diferente dos musicais biográficos que ele dirigiu anteriormente (sobre Tim Maia e Cazuza). "É focado no essencial, simples e teatral como a própria Cássia. Apenas cadeiras, os atores e os músicos. Márcia Rubin elaborou uma coreografia diferente, não é uma dança convencional, mas uma movimentação coreográfica", acrescenta.
O papel-título é interpretado por Tacy de Campos, escolhida entre mais de mil candidatas, quando foi definido também todo o elenco, que conta com Eline Porto, Emerson Espíndola, Juliane Bodini, Jana Figarella, Jandir Ferrari e a porto-alegrense Thainá Gallo. Já a banda é formada por Felipe Caneca (pianista), Pedro Coelho (baixista), Diogo Viola (guitarrista), Mauricio Braga (baterista) e Fernando Caneca (violonista).
Conforme a protagonista, a produtora de elenco do Rio de Janeiro, Cibele Santa Cruz, e o assistente Junior Prado acharam um vídeo dela na internet cantando um medley de Cássia Eller. "Mesmo sem ter feito inscrição e morando em outra cidade (Curitiba), me chamaram para fazer os testes, eu passei e entrei para a equipe. Acho que a voz foi o que levou a me escolherem, lembra bem. Em termos de semelhança física, não tenho nada a ver, mas o teatro faz a magia acontecer e todo mundo sai acreditando que viu a Cássia. Esse é o nosso objetivo nesse projeto", brinca a atriz e cantora. Tacy conta que foram dois meses de ensaio com os diretores musicais Lan Lanh e Fernando Nunes. "Foi uma oportunidade única e muito boa. Fico feliz por ter conhecido tanta gente através da Cássia e ela mesma, através da sua arte e sua generosa pessoa."
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