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Jornal da Lei

- Publicada em 21 de Outubro de 2016 às 20:45

Candidatos à adoção conhecerão histórias de crianças e adolescentes em vídeos

O Judiciário gaúcho iniciou na semana passada a produção de vídeos com jovens aptos à adoção. No material, que será disponibilizado apenas para candidatos a adotantes já habilitados, crianças e adolescentes contam um pouco sobre suas histórias e rotinas em abrigos e casas lares da Capital. O projeto-piloto será realizado na Comarca de Porto Alegre e integra a campanha "Deixa o amor te surpreender", que busca incentivar a adoção de crianças com mais de 10 anos, adolescentes, grupos de irmãos e jovens com deficiência.
O Judiciário gaúcho iniciou na semana passada a produção de vídeos com jovens aptos à adoção. No material, que será disponibilizado apenas para candidatos a adotantes já habilitados, crianças e adolescentes contam um pouco sobre suas histórias e rotinas em abrigos e casas lares da Capital. O projeto-piloto será realizado na Comarca de Porto Alegre e integra a campanha "Deixa o amor te surpreender", que busca incentivar a adoção de crianças com mais de 10 anos, adolescentes, grupos de irmãos e jovens com deficiência.
"O objetivo é contar a história desses jovens, sem expô-los, mas que a gente possa também trazer uma reflexão para as pessoas dispostas ao processo adotivo, para que possam ampliar o perfil desejado, dentro do espírito da campanha", afirma o juiz Marcelo Mairon Rodrigues, titular do 2º Juizado da Infância e Juventude da Capital. O Estatuto da Criança e do Adolescente preconiza que os direitos deles devem ser assegurados com absoluta prioridade. "O que estamos fazendo aqui é tirar essa prioridade do papel para colocá-la na prática", ressalta o magistrado.
Na primeira casa-lar visitada vivem oito jovens, com idades entre 7 e 17 anos. Desses, seis estão aptos para adoção. Em todos os casos, o uso de drogas por parte dos pais está ligado aos motivos que levaram ao afastamento da família de origem. Mairon destaca que a drogadição é um fator que também prejudica o andamento do processo que definirá o destino desses jovens: "A localização dos pais se torna muito difícil já que, muitas vezes, eles não têm residência fixa ou conhecida. Isso acaba atrasando os trabalhos".
A psicóloga Solange Paim, do Abrigo João Paulo II, explica que, quando os jovens ingressam na instituição, a preocupação é que se sintam acolhidos. O abrigo João Paulo II tem 13 casas-lares em Porto Alegre, seis em Viamão e três em Alvorada.
Quanto mais idade, mais difíceis as chances de adoção. O perfil procurado pela maioria dos candidatos a adotantes é de crianças de até 3 anos. Atualmente, no Rio Grande do Sul, 90% dos jovens aptos para adoção têm mais de 10 anos. Para os adolescentes a partir dos 14 anos, a psicóloga conta que é feita uma preparação, trabalhando a autonomia para deixarem o abrigo. "Eles são encaminhados para projetos de aprendizado, que preparam para o trabalho, e abrimos uma poupança para que tenham uma reserva para começar a vida lá fora."
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