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JC Logística

- Publicada em 14 de Outubro de 2016 às 15:15

Lojas Americanas demonstra interesse na distribuidora BR

Uma das maiores redes de varejo do País, a Lojas Americanas decidiu entrar na disputa pela BR Distribuidora, maior rede de distribuição de combustíveis do Brasil, que pertence à Petrobras. A companhia, controlada pelo trio fundador da Ambev, a 3G Capital, enviou comunicado ao mercado mostrando interesse em participar do processo de venda da subsidiária.
Uma das maiores redes de varejo do País, a Lojas Americanas decidiu entrar na disputa pela BR Distribuidora, maior rede de distribuição de combustíveis do Brasil, que pertence à Petrobras. A companhia, controlada pelo trio fundador da Ambev, a 3G Capital, enviou comunicado ao mercado mostrando interesse em participar do processo de venda da subsidiária.
A estatal pretende compartilhar o controle da BR em uma estrutura societária que visa a assegurar à Petrobras a maioria do capital total, mantendo 49% do capital votante. Para isso, a estatal contratou o Citi para fazer a assessoria financeira do negócio, segundo fontes. O banco, assim, passou a enviar o prospecto (teaser) para empresas com potencial para participar do negócio. Segundo fontes, o negócio estaria avaliado em R$ 12 bilhões.
Na semana passada, o grupo varejista informou, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que, após "receber prospecto para participação no processo competitivo de aquisição de participação societária na BR Distribuidora", decidiu manifestar "interesse em participar do processo de aquisição e avaliar a oportunidade de negócio".
Ressaltou, porém, que ainda não tem mais detalhes sobre uma possível oferta. "Inexistindo, no momento, definição quanto à futura apresentação de proposta para aquisição de participação na BR Distribuidora", destacou a empresa no comunicado à CVM.
Segundo analistas, o maior interesse da Lojas Americanas em um negócio como esse é ter acesso aos 7,9 mil endereços de postos de combustíveis e seus espaços de conveniência espalhados pelo País. Hoje, destacou Claudio Varzelo, da CV Consultoria em Varejo, a Lojas Americanas conta com 1.056 lojas, das quais 358 são no formato menor, chamado de Express.
"A maior fatia da Lojas Americanas está na região Sudeste. Com a BR, ela conseguiria uma ampla participação no Brasil todo. E hoje a tendência do varejo são as lojas menores. A Lojas Americanas vem focando alimentos e bebidas, o que aumenta a sinergia de seus negócios com a BR", disse o analista.
No primeiro semestre deste ano, a Lojas Americanas registrou uma receita líquida de
R$ 7,8 bilhões, uma queda de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O grupo reúne ainda a Americanas.com, além do Shoptime e seu canal de vendas pela internet.
Mas a Lojas Americanas não estão sozinhas nesta disputa. Segundo fontes, estão na concorrência nomes como a petroleira francesa Total, a Itaúsa, holding de investimento da família controladora do banco Itaú. Também estariam nesse rol fundos de investimento como Advent e GP, além do Vitor Group, companhia que comercializa petróleo.
"A BR é uma empresa com receita operacional de R$ 120,6 bilhões por ano. É uma companhia que gera interesse em diversos setores, seja no de distribuição propriamente dito, assim como no de varejo", disse um especialista. "Como é uma rede extensa, há formas de gerar negócios, mas o controle de preços é um desafio para tornar o negócio viável."
Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a BR detinha 19,7% das vendas de combustíveis no País em março. A segunda colocada, a Ipiranga, vinha com 17,7%, já somada a participação de 3,1% da Ale, que a distribuidora do Grupo Ultra adquiriu em abril. A terceira colocada é a Raizen (joint venture entre Cosan e Shell).
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