A Petrobras anunciou, na semana passada (4), que deu início a um novo processo de contratação para o navio-plataforma para o projeto-piloto de Libra. Em comunicado ao mercado, a estatal informa o cancelamento do processo anterior, que teve início em 12 de agosto de 2015 e que resultou em proposta com preço superior aos adotados no mercado internacional e acima das expectativas da Petrobras e de seus parceiros no projeto.
Libra é a primeira área de pré-sal leiloada e administrada por um consórcio que segue o regime de partilha, em que parte dos ganhos é repassada à União. Liderado pela Petrobras, responsável por 40% dos investimentos, o consórcio reúne ainda a empresa petroleira anglo-holandesa Shell, a francesa Total e as chinesas CNCC e Cnooc.
A Petrobras pediu à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a liberação da obrigatoriedade de contratar fornecedores brasileiros para a construção da FPSO. Esse pedido de waiver foi feito em 30 de agosto e, em 16 de setembro, instaurou novo processo de contratação com requisitos de conteúdo local menores, o que vai possibilitar que parte da construção da embarcação seja feita no Brasil, "sem impactos no custo ou prazo do projeto", diz a estatal no comunicado.
O consórcio que vai operar o projeto de Libra prevê que o sistema de produção entre em operação no segundo semestre de 2020 e, para cumprir esse prazo, o navio-plataforma deve ser contratado até o primeiro semestre do ano que vem.