Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 26 de Setembro de 2016 às 21:28

Michel Temer repreende Moraes, mas não o demite

Apesar de ser aconselhado por assessores a demitir seu ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, o presidente Michel Temer avaliou que tomar essa medida seria uma admissão oficial de que seu assessor vazou uma operação da Lava Jato e decidiu mantê-lo em sua equipe.
Apesar de ser aconselhado por assessores a demitir seu ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, o presidente Michel Temer avaliou que tomar essa medida seria uma admissão oficial de que seu assessor vazou uma operação da Lava Jato e decidiu mantê-lo em sua equipe.
Irritado com as declarações de Moraes, dadas no domingo afirmando que "nesta semana" haveria mais uma fase da Lava Jato, Temer cobrou explicações. Os dois se falaram por telefone, quando Moraes repetiu o que já dissera momentos antes à imprensa, que sua intenção era dizer que as operações não iriam parar nem ter interferência do governo.
Ele disse só ter sido informado da nova etapa da Lava Jato, que prendeu o ex-ministro Antonio Palocci, quando a operação já estava sendo realizada nesta segunda-feira. Segundo assessores, Temer aceitou as explicações, mas cobrou dele que pare de dar declarações "desastrosas" e seja mais "cuidadoso".
Pesou, porém, a avaliação feita por assessores com o presidente de que, em primeiro lugar, Moraes realmente não teria tido a intenção de vazar uma operação da Lava Jato. E que sua demissão seria uma admissão de culpa do governo e traria, de vez, o foco do dia para o Palácio do Planalto.
Temer queria se encontrar pessoalmente com Moraes, mas o ministro só chega a Brasília nesta terça. O presidente decidiu que terá conversa particular de "enquadramento" com todos os ministros que têm dado declarações "desastrosas". Além de Moraes, estão na lista Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Ricardo Barros (Saúde) e Ronaldo Nogueira (Trabalho). Segundo interlocutores, dois nomes da lista já estariam na "marca do pênalti" e correm risco de demissão em caso de reincidência: o próprio Moraes e Ricardo Barros. 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO