Os maiores partidos do país acabaram, por circunstâncias diversas, contribuindo menos para as campanhas de seus correligionários. Os problemas vão das amarras dos estatutos - que obrigam amplos repasses para diretórios locais - ao volume de gastos necessários para manter estruturas partidárias que precisam preparar campanhas presidenciais.
Enquanto o DEM destinou até R$ 1 milhão por deputado, o PSDB decidiu doar R$ 300 mil para candidatos nas capitais e deputados que disputam prefeituras, e outros R$ 150 mil para que os deputados que não são candidatos ajudem seus correligionários nas bases eleitorais. Os tucanos gastaram pelo menos R$ 16 milhões para custear as campanhas, tendo recebido R$ 95,2 milhões do Fundo Partidário ano passado.
O secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), diz que todas as legendas fazem poupança, mas os gastos de partidos maiores e com mais candidatos também são maiores, seja com a máquina partidária ou com programas de TV. Os diretórios estaduais também tiveram que ajudar.
O tesoureiro do PMDB, senador Eunício Oliveira (CE), afirmou que repassa a maior parte das verbas do Fundo Partidário aos estados. Por isso, a direção nacional só tem R$ 10 milhões, incluindo os recursos da fundação, para usar nesta campanha. A diferença, ironiza Eunício, é que alguns partidos retém os recursos na direção nacional e outros, como o PMDB, por decisão do estatuto, dividem com os estados. Por isso, a direção nacional só ajudou algumas campanhas, deixando o restante a cargo dos estados.
Segundo ele, a direção nacional ajudou com cerca de R$ 80 mil seus deputados e também alguns candidatos com maior chance de vitória.
O PT não divulgou o montante de recursos do fundo destinado às eleições deste ano. A assessoria da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT disse que apenas parte dos recursos do fundo foram entregues às campanhas e que o partido tem priorizado as capitais e as cidades com mais de 150 mil eleitores.