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Política

- Publicada em 22 de Setembro de 2016 às 08:08

Ex-ministro da Fazenda Guido Mantega é preso em nova fase da Lava Jato

Guido Mantega é alvo de investigação que apura influência na construção de plataformas de petróleo

Guido Mantega é alvo de investigação que apura influência na construção de plataformas de petróleo


Valter Campanato/Agência Brasil/JC
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso na manhã desta quinta-feira (22) em São Paulo dentro da nova fase da Operação Lava Jato. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Mantega foi detido por agentes da Polícia Federal no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, onde acompanhava o tratamento da mulher.
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso na manhã desta quinta-feira (22) em São Paulo dentro da nova fase da Operação Lava Jato. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Mantega foi detido por agentes da Polícia Federal no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, onde acompanhava o tratamento da mulher.
A 34ª fase que foi denominada de Arquivo X envolve a contratação das plataformas 67 e 70 para exploração do pré-sal. Porto Alegre é um dos alvos, com busca e apreensão de documentos. 
A Polícia Federal foi ao hospital porque em casa estavam apenas o filho de 16 anos do ex-ministro e a empregada. Segundo a PF, o contato foi feito por telefone nas proximidades do hospital, e Mantega se apresentou espontaneamente na portaria do edifício. "De forma discreta e em viatura não ostensiva, o investigado acompanhou a equipe até o apartamento e, já tendo feito contato com seu advogado, foi então iniciado o procedimento de busca", completa o comunicado da PF. 
Depois das buscas, o ex-ministro foi levado à sede da Polícia Federal na capital paulista e dali seguiria para Curitiba. A prisão é do tipo temporária, decretada em casos específicos, com duração de cinco dias, prorrogáveis por igual período caso comprovada a necessidade.
A P-66 foi feita no polo naval em Rio Grande. São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro, segundo nota da PF.
As equipes policiais estão cumprindo 49 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e oito de condução coercitiva. Cerca de 180 policiais federais e 30 auditores fiscais estão cumprindo as determinações judiciais nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.

Plataformas de petróleo eram alvos

A operação policial envolve a contratação pela Petrobras de empresas para a construção das plataformas. Segundo a PF, a investigação envolve fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes da estatal. "As empresas se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das duas plataformas muito embora não possuíssem experiência, estrutura ou preparo para tanto", informa a nota.
A Polícia Federal afirma que as investigações indicaram que em 2012 ele teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha eleitoral "de partido político da situação".
Os valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas do mesmo partido. A relação é feita com as delações de Mônica Moura, que junto ao marido João Santana fez a campanha de Dilma Rousseff em 2010.   
O nome da operação é uma referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do “X” nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial. Neste caso, é clara a conexão ao grupo de Eike Batista, com diversas empresas ligadas a exploração e infraestrutura de petróleo.  
Nos casos dos investigados para os quais foram expedidos mandados de condução coercitiva, estes estão sendo levados às sedes da Polícia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados a fim de prestarem os esclarecimentos necessários. Os investigados serão liberados após serem ouvidos no interesse da apuração em curso. 
Além de Mantega, outras sete pessoas - uma oitava estava na Espanha - e executivos das empresas Mendes Júnior e OSX, do empresário Eike Batista, foram presos. Os presos estão sendo levados à sede da Polícia Federal em Curitiba.
A operação havia sido autorizada em 16 de agosto, mas teve a execução adiada, segundo os órgãos, devido à mobilização policial para Olimpíadas e Paralimpíadas. Além disso, houve bloqueio de bens no valor de R$ 10 milhões de cada um dos alvos da investigação.

Os presos na 34º fase da Lava Jato:

  • Guido Mantega
  • Danilo Sousa Baptista
  • Francisco Corrales Kindelan
  • Júlio César Oliveira Silva (está na Espanha e ainda não foi detido, mas deve se apresentar à PF)
  • Luiz Cláudio Machado Ribeiro
  • Luiz Eduardo Guimarães Carneiro
  • Luiz Eduardo Neto Tachard
  • Rubem Maciel da Costa Val
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