Com regras diferentes para arrecadação financeira destinada aos candidatos às prefeituras e câmaras de vereadores em 2016, as campanhas só podem ter recursos oriundos de doadores pessoa física ou do rateio do fundo partidário. Os candidatos tinham até o dia 13 de setembro para a entrega parcial de suas contas de campanha. Todos já o fizeram, alguns com atraso.
Até o dia de ontem, na disputa ao Executivo de Porto Alegre, quem contava com maior verba na disputa à prefeitura era Nelson Marchezan Jr (PSDB), com R$ 1,5 milhão. Julio Flores (PSTU) é quem tem menos recursos, com pouco menos de 1% do valor total do tucano. A informação é do portal DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O candidato Marchezan Jr dispõe de R$ 1.519.659,08 para a campanha. Destes, R$ 690.351,00 já foram utilizados. Do total, 7% vem de fundo partidário e o restante, 93%, vem de pessoas físicas. Algumas delas são ligadas ao mundo empresarial, como o acionista da Forjas Taurus Fernando Estima, Frederico Gerdau Johannpeter e sua esposa, Iara Johannpeter, e o executivo da Localiza José Salim Mattar Júnior. O PSDB doou R$ 50 mil.
Fábio Ostermann (PSL) declarou R$ 224,5 mil de receita. Destes, R$ 200 mil são provenientes de doações do diretório nacional do partido. O restante diz respeito a doações de pessoas físicas, apoiadoras da candidatura. Até o momento foram gastos, em campanha, pouco mais de R$ 150 mil.
Julio Flores dispõe de um total de recursos de R$ 14.042,85. O socialista tem R$ 7.042,85 em recursos estimáveis, montante que diz respeito à utilização de bens anteriormente adquiridos em favor da campanha. Os outros R$ 7 mil são de doações de pessoas físicas. A chapa declarou, até o momento, R$ 2.160,00 gastos com fornecedores.
Única mulher cabeça de chapa, Luciana Genro (PSOL) declarou R$ 371,2 mil em recursos recebidos. Ela também conta com recursos estimáveis, no valor de R$ 36,5 mil. Seus principais doadores são o diretório estadual do partido, com R$ 305 mil; o nacional, que doou o valor em recursos estimáveis; e R$ 7 mil de uma pessoa física. O total de despesas pagas até o momento é de pouco mais de R$ 169 mil.
Maurício Dziedricki (PTB) declarou R$ 380.250,00. O diretório metropolitano contribuiu com R$ 190 mil deste montante. O PR, partido que compõe a chapa, doou R$ 100 mil. As doações de pessoa física são 31% do total dos valores. O diretor da Câmara de Porto Alegre, Roberto Kraid Pereira, doou R$ 4,5 mil a Dziedricki. Até o momento, R$ 277.342,52 já foram investidos na campanha.
O petista Raul Pont tem R$ 684.858,68 para a campanha. O diretório regional do PT é o principal doador, com a quantia de R$ 250 mil. Os valores recebidos de pessoas físicas correspondem a 55% da verba de campanha de Pont. Um deles é o economista ligado ao PT Arno Augustin Filho. O candidato gastou R$ 324.547,17 em despesas contratadas.
O vice-prefeito licenciado, Sebastião Melo (PMDB), possui R$ 748.300,00 ao dispor da campanha. Pouco mais de 40% deste valor foi doado por pessoas físicas, enquanto o PMDB Estadual repassou ao candidato R$ 300 mil. O diretório nacional doou R$ 85 mil. As despesas pagas totalizam R$ 517.775,32.
Os números de Marcello Chiodo (PV) e João Carlos Rodrigues (PMN) não constam no site DivulgaCand, da Justiça Eleitora, apesar de o portal apontar a entrega do relatório parcial dos dois candidatos. Ambos realizaram apenas esta entrega. Chiodo, com um dia de antecedência, e Rodrigues com quatro dias de atraso.