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Política

- Publicada em 20 de Setembro de 2016 às 21:49

Tentativa de anistia ao caixa-2 teve apoio de principais partidos políticos

A articulação para tentar anistiar políticos envolvidos na Operação Lava Jato teve a participação de líderes e integrantes dos principais partidos governistas e da oposição no Congresso Nacional, que decidiram enterrar o assunto temporariamente diante da repercussão negativa.
A articulação para tentar anistiar políticos envolvidos na Operação Lava Jato teve a participação de líderes e integrantes dos principais partidos governistas e da oposição no Congresso Nacional, que decidiram enterrar o assunto temporariamente diante da repercussão negativa.
A articulação pró-anistia contou com PSDB, PP, PMDB, PR e PT, entre outros. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está interinamente na Presidência da República, deu aval para a votação. Mas negou tentativa de anistia. Maia disse que defendeu a votação do texto do Ministério Público Federal no pacote intitulado "10 Medidas contra a Corrupção", ainda em análise em uma comissão da Câmara.
Segundo deputados, a criminalização do caixa-2 só voltará a ser debatida na discussão desse pacote, ainda sem data definida.
A Câmara tentou votar, na noite de segunda-feira, um projeto no qual seria incluída uma emenda, cujo texto não veio a público, e que pretendia estabelecer uma punição específica para o crime de caixa-2, que é o uso de dinheiro nas campanhas sem declaração à Justiça.
O objetivo real, porém, era criar uma brecha jurídica para anistiar aqueles que recorreram ao caixa-2 até agora e inibir a inclinação da Lava Jato de tratar como corrupção pura e simples o recebimento de dinheiro que não esteja na contabilidade eleitoral.
O tema foi incluído na pauta de votações de última hora e só não foi apreciado devido à repercussão da manobra e à resistência dos partidos Rede e PSOL. As duas siglas têm apenas 10 deputados, mas conseguiram barrar a sessão devido à ausência de deputados dispostos a defender em público a medida.
O texto desse projeto circulou nas mãos de poucas pessoas, entre elas o ex-líder do PSDB Carlos Sampaio (SP), um dos principais aliados do presidente do PSDB, Aécio Neves, e Aguinaldo Ribeiro, líder da bancada do PP, o partido com o maior número de congressistas implicado na Lava Jato.
O acerto envolvia inclusive a promessa de que o Senado votasse a proposta ontem. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), também participaram das conversas. Os dois negam.
 
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