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Política

- Publicada em 21 de Setembro de 2016 às 22:30

Para desafogar leitos, candidatos apostam no atendimento domiciliar

Maior parte dos pacientes em 2015 era de casos de menor urgência

Maior parte dos pacientes em 2015 era de casos de menor urgência


BANCO DE IMAGEM GHC/DIVULGAÇÃO/JC
Bruna Suptitz
Um levantamento feito pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e apresentado aos candidatos à prefeitura de Porto Alegre, no início de setembro, apontou que, do total de pacientes que procuraram as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) na Capital no ano de 2015, 71,2% apresentavam sintomas classificados como de pouca urgência.
Um levantamento feito pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e apresentado aos candidatos à prefeitura de Porto Alegre, no início de setembro, apontou que, do total de pacientes que procuraram as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) na Capital no ano de 2015, 71,2% apresentavam sintomas classificados como de pouca urgência.
Esses casos, que poderiam ser sanados pelo atendimento básico e preventivo da Capital, esbarram na baixa cobertura das unidades de Estratégia de Saúde da Família, que hoje alcançam menos da metade da população (48,59%).
Diante deste cenário, uma priorização da melhoria da gestão na saúde surge entre as reivindicações que a população da Capital tem para o próximo prefeito de Porto Alegre. Propostas para a área estão contempladas no plano de governo de cada um dos nove candidatos à prefeitura.
O projeto "Melhor em Casa", do Ministério da Saúde e focado na atenção domiciliar, é apontado por três candidatos como alternativa às internações hospitalares, o que defendem que resultaria na redução de custos com leitos.
Outros nomes da disputa falam em investimentos estruturais e de pessoal, como o atendimento integral das Equipes de Saúde da Família (ESFs), mesmo sem apresentar de onde virão os recursos.
Outras medidas passam pela ampliação dos horários das UPAs, a inclusão de práticas de medicina integrativa, como acupuntura, e a entrega de medicamentos a domicílio para cidadãos de baixa renda.
Luciana Genro (PSOL)
Para qualificar o SUS e contratar mais profissionais para a área da Saúde, Luciana defende que o município deve buscar aumento dos repasses de recursos para a área por parte do Estado e da União, inclusive por meio de ações judiciais. Propõe criar incentivos para que os profissionais que atuam nos bairros mais distantes permaneçam nesses locais. Também defende aumentar o número de Núcleos de Apoio às ESFs, que atualmente é de cinco.
Fabio Ostermann (PSL)
Propõe a ampliação da rede já existente e qualificação dos núcleos de apoio às ESFs, com foco em saúde preventiva, para que não precise destinar a maior parte dos recursos em Saúde para o atendimento especializado, mais caro e onde considera que os resultados são menos efetivos. Também sugere integrar o atendimento em saúde com o controle de zoonoses, através de reestruturação da Secretaria de Direitos dos Animais, que teria essa função.
João Carlos Rodrigues (PMN)
Segundo o candidato, com a redução de secretarias e cortes de cargos comissionados, sobrarão recursos para investir em Saúde. Defende mais rigor na fiscalização de aplicação dos recursos, para que as verbas destinadas à área não sejam usadas em outros setores. Esses recursos iriam para a contratação de mais profissionais para as equipes. Propõe ainda um programa de entrega de medicamentos a domicílio para a população de baixa renda.
Maurício Dziedrick (PTB)
Propõe a ampliação imediata do horário de funcionamento das Unidades Básicas de Saúde das 20h para as 22h, onde existe infraestrutura que comporte a extensão do horário. Propõe a inclusão de práticas de medicina integrativa às ESFs, como acupuntura e massoterapia, por exemplo, complementares às práticas tradicionais. Sugere também a ampliação do programa Melhor em Casa, reduzindo as internações hospitalares.
Marcello Chiodo (PV)
Pretende investir em medidas preventivas, para reduzir custos em internações, tratamentos e procedimentos de maior complexidade. Propõe que a prefeitura mantenha parceria com universidades para que os estudantes realizem estágio curricular, coordenados por servidores da área. Também sugere realizar parceria entre as secretarias de Saúde e Educação, para incentivar a atividade física como instrumento de prevenção e recuperação de doenças.
Julio Flores (PSTU)
Defende que os investimentos em saúde sejam públicos e não passem por parcerias com a iniciativa privada ou organizações sociais. O candidato sugere o atendimento domiciliar, mas entende que isso demanda recurso e contratação de pessoal, o que precisa de estudo para ser viabilizado. Dentro da sua proposta de governo, de obras públicas gerenciadas pela prefeitura com mão de obra da população, o candidato pretende investir em estruturas na saúde.
Raul Pont (PT)
Propõe ocupar totalmente as vagas e ampliar os números das ESFs, utilizando o Programa Mais Médicos. Pretende ampliar os leitos hospitalares, com uma política de atenção hospitalar integrada às redes de atenção à saúde dos distritos da cidade. Sugere também o uso de tecnologia, como um aplicativo que gerencie a demanda de atendimento e de busca de especialistas. O projeto de governo também garante o funcionamento pleno do Hospital da Restinga.
Nelson Marchezan Jr. (PSDB)
Propõe qualificar o processo de alimentação de dados em um banco eletrônico, integrando as informações sobre consultas, realização de exames e histórico de internação. Com isso, acredita que o setor atenderá com maior efetividade. O candidato também pretende ampliar os Núcleos de Apoio às ESFs e reestruturar as Unidades Básicas de Saúdes em estrutura física, equipamentos e material permanente. Propõe também ampliar o atendimento realizado pelo Samu.
Sebastião Melo (PMDB)
Reconhece a defasagem das Equipes de Saúde da Família em Porto Alegre e propõe aumentar a cobertura gradativamente, de acordo com as condições financeiras da prefeitura. Defende que o a ampliação do projeto Melhor em Casa, no qual os profissionais de saúde atendem à população em domicílio, resultando na liberação de leitos da rede de atendimento para procedimentos considerados de maior gravidade.
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