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Política

- Publicada em 09 de Setembro de 2016 às 18:35

Juristas pretendem entrar no Senado com pedido de impeachment de Gilmar Mendes

Autores acusam ministro do STF de conduta partidária no exercício do cargo

Autores acusam ministro do STF de conduta partidária no exercício do cargo


JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA SENADO/JC
Estadão Conteúdo
Um grupo de seis juristas vai protocolar na próxima terça-feira (13) no Senado Federal um pedido de impeachment contra o ministro Gilmar Mendes. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (9) pelo PT no site oficial da legenda. Os juristas acusam o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de conduta partidária no exercício do cargo.
Um grupo de seis juristas vai protocolar na próxima terça-feira (13) no Senado Federal um pedido de impeachment contra o ministro Gilmar Mendes. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (9) pelo PT no site oficial da legenda. Os juristas acusam o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de conduta partidária no exercício do cargo.
Nesta semana, é o segundo pedido de impedimento protocolado no Senado contra um ministro da Corte. O Movimento Brasil Livre (MBL), que organizou manifestações a favor do afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República, protocolou na terça-feira (6), pedido contra o presidente do STF, Ricardo Lewandowski. O presidente do Senado, Renan Calheiros, (PMDB-AP), arquivou o pedido.
Contra Gilmar Mendes, assinam a peça Celso Antônio Bandeira de Mello, Fábio Konder Comparato, Sérgio Sérvulo da Cunha, Eny Raymundo Moreira, Roberto Amaral e Álvaro Augusto Ribeiro. O ex-presidente do Conselho Federal da OAB Marcelo Lavenere é o advogado que acompanhará o processo no Senado Federal, segundo a notícia publicada pelo partido.
O escritor Fernando Morais, a historiadora Isabel Lustosa, o jornalista José Carlos de Assis, o advogado Aldo Arantes e o historiador Linconl Penna são as testemunhas nomeadas no documento a ser protocolado na terça-feira, às 15h.
"Um dos exemplos dessa contaminação é a conduta irregular do ministro Gilmar Mendes, o qual, sem disfarces, ali atua como líder de uma facção partidária, agredindo os princípios constitucionais da impessoalidade e da imparcialidade, além de desafiar permanente e deliberadamente os limites comportamentais estabelecidos pela Lei Orgânica da Magistratura Nacional", afirmou Roberto Amaral, um dos que assina o pedido. Amaral foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O PT divulgou um texto em que afirma ser a íntegra da ação contra Gilmar Mendes. Os juristas afirmam que o ministro ocupou cargos de confiança no governo de Fernando Henrique Cardoso e foi nomeado pelo tucano em 2002 para o STF. "Nessa Corte, não esconde sua gratidão ao ex-presidente e sua simpatia por aquele partido, no qual esteve a ponto de se filiar, antes de sua indicação para o STF", afirma o texto.
O documento afirma que Mendes ofende o princípio da impessoalidade, exerce partidarismo e ofende o princípio da celeridade no Judiciário, citando votos e pronunciamentos de Gilmar Mendes no Supremo. Os juristas argumentam o pedido com entrevistas dadas pelo magistrado a veículos de imprensa, como citações dele ao PT e aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
No pedido, os juristas alegam que Gilmar Mendes descumpriu a Constituição ao "proceder de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções" como ministro do Supremo.
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