Vereadores envolvidos em diferentes campos políticos da Câmara de Porto Alegre dialogam com os demais colegas para votar, na próxima semana, o projeto que estabelece segurança 24 horas em bancos de Porto Alegre.
A proposta foi apresentada pelo vereador Engenheiro Comassetto (PT) após conversas com o sindicato da categoria. Caso aprovada, as instituições bancárias públicas, privadas e as cooperativas de créditos da cidade deverão contratar vigilância armada para atuar 24 horas por dia.
De acordo com os trabalhadores, a pauta surgiu em função dos ataques a caixas eletrônicos em bancos nos últimos meses. A proposta explica que tais crimes vêm substituindo os assaltos a bancos.
Projetos similares estão sendo apresentadas em todo o Estado. Segundo informações do SindVigilantes, 45 cidades já aprovaram a pauta e, em 25 delas, a matéria já se tornou lei. Para Marlon Costa, diretor do sindicato, a implementação traria segurança para quem utiliza o caixa até as 22h para sacar dinheiro e para pessoas que transitam no local.
Ao contrário do que vinha acontecendo nas últimas sessões em que projetos polêmicos foram votados, a presidência da Casa não autorizou a entrada de representantes do sindicato no Plenário Ana Terra nesta quinta-feira. Na ordem do dia da Câmara, sete vetos da prefeitura trancam a apreciação das demais pautas. Por isso, foi convocada uma sessão extraordinária para aprovar títulos e homenagens. Por falta de quórum, a proposta de vigilância 24 horas não foi votada.
Além da bancada petista, Claudio Janta (SD) também se colocou favorável à matéria. Delegado Cleiton (PDT) sugeriu que a proposta fosse incluída como uma emenda ao projeto de sua autoria que cria o Estatuto Municipal de Segurança Bancária.
Os vigilantes se comprometeram a analisar a proposta, que já consta na ordem do dia da Câmara. Entretanto, segundo parlamentares, a matéria de Cleiton não terá acordo do Executivo para ser aprovada. O estatuto tramita desde 2013 no Legislativo.
Foi aprovado, nesta quinta-feira, o projeto de Sofia Cavedon (PT) que inclui no calendário de datas comemorativas e de conscientização de Porto Alegre o Dia Municipal de Luta pela Valorização e pela Garantia de Direitos das Trabalhadoras e dos Trabalhadores Domésticos. Conforme a proposta, a data será celebrada em 27 de abril.
A vereadora defende que o trabalho é desvalorizado, mesmo sendo considerado imprescindível em muitos locais. Sofia ainda lembra que é necessária a fiscalização dos direitos trabalhistas na área.