Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Governo Federal

- Publicada em 05 de Setembro de 2016 às 19:36

Manifestações legitimam o impeachment, diz Meirelles

 Para Henrique Meirelles, Congresso Nacional aprovará as reformas

Para Henrique Meirelles, Congresso Nacional aprovará as reformas


ABR/JC
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira, que manifestações realizadas no fim de semana contra o presidente Michel Temer (PMDB) são parte de um processo democrático normal que não deve prejudicar a imagem do Brasil junto aos investidores e ao resto do mundo.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira, que manifestações realizadas no fim de semana contra o presidente Michel Temer (PMDB) são parte de um processo democrático normal que não deve prejudicar a imagem do Brasil junto aos investidores e ao resto do mundo.
Ele defende que os protestos garantem ainda mais legitimidade ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que, segundo ele, foi um movimento apoiado por grande parte da população. Meirelles participa da agenda de encontros bilaterais de Temer na China.
"É normal que aqueles que foram contra o processo se manifestem de uma forma democrática, livre. Não vejo isso como nenhum tipo de problema, muito pelo contrário. Acho isso parte da democracia, parte do debate livre do País, exatamente o que garante, legitima ainda mais o fato que o processo é democrático, constitucional. Frente ao mundo, inclusive, legitima o processo o fato de se ter uma discussão absolutamente aberta em relação a esse assunto", afirmou o ministro da Fazenda.
Meirelles não acredita que as manifestações possam interromper o ritmo das discussões das medidas de ajuste enviadas pelo Executivo ao Congresso Nacional. Segundo ele, fica cada vez mais claro que a questão fiscal é fundamental nessa recuperação.
"Acreditamos que o Congresso Nacional vai ser sensível a isso e vai aprovar as reformas dentro das suas prerrogativas", disse.
Para ele, a maior preocupação hoje, em última análise do próprio Congresso, é a de justamente viabilizar a volta do crescimento econômico e de novas vagas de emprego. E destacou que a confiança do consumidor, da indústria e do comércio está aumentando.
Meirelles reconheceu que o número de manifestantes do domingo, estimado em 100 mil pessoas em São Paulo, é "substancial", mas reiterou que se trata de um conjunto minoritário da população.
"É uma manifestação razoável, 100 mil pessoas é um número substancial, mas também já tivemos manifestações muito maiores, já tivemos manifestação de 1 milhão de pessoas no Brasil. Em resumo, é uma manifestação coerente com um grupo de pessoas que é minoritário na população, mas é um número bastante substancial de pessoas.
Para o ministro, o importante é mostrar que o ritmo de condução do ajuste econômico está em curso e que ele não sofre nenhuma mudança de direção."
"E tudo o que nós temos ouvido dos parlamentares é que os parlamentares estão, de fato, sim, corretamente, preocupados em resolver as causas da crise econômica. E voltarmos a criar empregos para eliminar esses milhões de desempregados que estão na rua, que são um número muito maior que as 100 mil pessoas", afirmou.
Meirelles participou da agenda de encontros bilaterais de Michel Temer na China, entre eles, a reunião com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe. Durante o encontro, Temer destacou o interesse do Brasil em atrair investimentos na área de infraestrutura e discutiu as exportações de carnes e frutas brasileiras ao país asiático, entre outros produtos agropecuários.
Mais tarde, em outra conversa para acordo bilateral com primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, ele expressou a intenção de fortalecer relações comerciais com a Espanha para atrair mais investimentos. E mencionou planos do Brasil de investimentos em portos, ferrovias e aeroportos e de desestatização.

Michel Temer errou ao subestimar os protestos, avalia equipe do Planalto

O presidente Michel Temer (PMDB) errou ao subestimar os protestos contra ele e seu governo durante entrevista na China, quando disse que as manifestações no Brasil eram coisa de um grupo de 40, 50, 100 pessoas. Na avaliação de sua equipe, Temer escorregou e transmitiu um sentimento de soberba, fugindo à sua característica de não menosprezar adversários mesmo em situações de conflito.
Ao dar as declarações durante sua passagem pela China, Temer até procurou dizer que seu governo não é contra manifestações nas ruas, mesmo as que têm sua administração como alvo. Criticou a ação de "baderneiros", mas acabou escorregando ao dizer que os protestos estavam sendo feitos por uma minoria de 40, 50, 100 pessoas. O escorregão do presidente é atribuído a avaliações apressadas feitas pelos aliados que integram sua comitiva no giro chinês.
Uma tentativa de conserto da falha já foi ensaiada ainda na China. Segundo assessores de Temer, esta era sua intenção. O resultado, segundo avaliação do Planalto, é que a fala de Temer acabou servindo como estímulo para os manifestantes irem às ruas no domingo.

Peemedebista deve estrear faixa presidencial nesta quarta-feira

Recém-empossado no cargo, o presidente Michel Temer (PMDB) deverá estrear a faixa presidencial nesta quarta-feira, 7 de Setembro, no desfile em comemoração à Independência do Brasil, já que, ao tomar posse, na semana passada, no Senado, não recebeu o objeto de sua antecessora, Dilma Rousseff (PT). Pela primeira vez no evento, Temer não decidiu se irá desfilar em carro aberto ou fechado. O evento custará aos cofres públicos R$ 1,1 milhão, valor semelhante ao que foi desembolsado no ano passado. A estrutura comportará até 20 mil pessoas nas arquibancadas, que terão telões para que as pessoas possam ver os detalhes das apresentações. Haverá também banheiros químicos espalhados ao longo do trajeto do desfile, que acontece na Esplanada dos Ministérios. Próximo a estes locais, 10 postos de saúde serão distribuídos pelo gramado e atrás do desfile. De acordo com o Planalto, a expectativa é de que até 35 mil pessoas assistam às apresentações, que contarão com a famosa e já tradicional pirâmide humana, realizada em cima de uma motocicleta, e com os voos da Esquadrilha da Fumaça. Quem não conseguir lugar nas arquibancadas poderá ficar de pé em áreas próximas ao desfile.