Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 14 de Setembro de 2016 às 23:04

Transporte concentra demandas de candidatos em Porto Alegre

Conclusão do BRT está na pauta de Raul Pont e Sebastião Melo; Luciana Genro quer rever atual licitação

Conclusão do BRT está na pauta de Raul Pont e Sebastião Melo; Luciana Genro quer rever atual licitação


JONATHAN HECKLER/JC
O transporte público é uma das questões que mais mobiliza os candidatos à prefeitura de Porto Alegre e concentra as demandas da população.
O transporte público é uma das questões que mais mobiliza os candidatos à prefeitura de Porto Alegre e concentra as demandas da população.
Nos últimos meses, novos ônibus começaram a circular na Capital, após um processo licitatório muito discutido. Uma das polêmicas foi a aquisição de novos veículos sem ar-condicionado. A lei estabelece que, nos próximos nove anos, todos os ônibus da cidade possuam o equipamento.
Outro ponto levantado por usuários do sistema de transporte da Capital é a superlotação dos ônibus e os atrasos do transporte público, além do valor da passagem, R$ 3,75. Houve queda no número de passageiros com a nova tarifa, considerada elevada. Porto Alegre está entre as capitais com as passagens mais caras.
A próxima gestão da Capital também terá a tarefa de concluir as obras e implementar o sistema Bus Rapid Transit (BRT), que tinha previsão de início para maio de 2014, mas cujo processo de implementação ainda não foi concluído.
No levantamento feito pelo Jornal do Comércio com as propostas dos candidatos, aparecem ideias recorrentes, como a criação de um aplicativo com informações como horários e itinerários, e a utilização de combustíveis menos poluentes para abastecer a frota.
Luciana Genro (PSOL)
Propõe a reavaliação da licitação promovida pela gestão atual. Quer a criação de um Fundo Municipal do Passe Livre para financiar a isenção de tarifas de ônibus para os mais necessitados, com valores vindos de multas de trânsito do caixa da prefeitura, da cota do município sobre o IPVA e da locação de espaço publicitário nas paradas e corredores. Defende maior capacitação para motoristas e cobradores, além de uma fiscalização rigorosa nos horários de ônibus.
Fabio Ostermann (PSL)
Em seu plano de governo, o candidato à prefeitura do PSL defende uma mudança de comando do sistema de transporte público em Porto Alegre. O candidato propõe a privatização da Carris e a abertura do mercado de transporte coletivo. Para Ostermann, é necessário iniciar a transição do atual sistema de concessões para um sistema de livre concorrência.
João Carlos Rodrigues (PMN)
O candidato entende que a inclusão de uma nova empresa de ônibus, legitimamente licitada, é necessária. Esta seria responsável por atender a novas linhas entre os bairros, sem passar pelo Centro. Rodrigues propõe o atendimento por lotação dos bairros Bonsucesso, Morro da Cruz, Lami, Rincão e Passo Dorneles. Para o candidato, é necessária uma valorização dos motoristas, com a redução da carga horária de trabalho para 36 horas semanais.
Mauricio Dzeidrick (PTB)
O candidato quer reduzir o número de automóveis nas ruas de Porto Alegre e pede que as novas frotas de ônibus sejam equipadas com sistema GPS. Parcerias Público-Privadas (PPPs) não são descartadas pelo petebista para realizar estudos sobre o deslocamento da Rodoviária para a Zona Norte da Capital. Segundo Dziedricki, isso poderia desafogar o Centro Histórico, permitindo uma melhor integração com a Região Metropolitana.
Marcello Chiodo (PV)
Para o candidato, é preciso criar novas linhas de ônibus ligando Belém Novo e Restinga, no Extremo-Sul, à Fiergs e ao aeroporto, na Zona Norte. Em seu plano de governo, o candidato propõe estabelecer prazos para a substituição do transporte público e da frota da prefeitura por veículos elétricos/híbridos. Chiodo defende a utilização de automóveis que possuam a emissão de poluentes reduzida, pensando nos efeitos ao meio ambiente.
Julio Flores (PSTU)
O representante do PSTU critica a presença de empresas privadas no serviço de transporte público. O candidato defende que o transporte estatal deve estar sob o controle dos trabalhadores. Assim, seria possível garantir um serviço a preço de custo, mais barato para a população e de maior qualidade. Flores lembra que a questão do transporte público via ônibus foi o fator que mais contribuiu para a popularização dos protestos de rua em junho de 2013.
Raul Pont (PT)
O programa do candidato defende uma recuperação e o fortalecimento do transporte coletivo público na Capital. O petista também pede o controle social sobre a tarifa do transporte público. Segundo as informações do plano de governo de Pont, a prefeitura precisa realizar projetos que promovam melhor relação entre o traçado viário e os espaços públicos de esporte e lazer. Além disso, tem como proposta a implementação dos BRTs na cidade.
Nelson Marchezan Junior (PSDB)
Propõe medidas para melhorar o transporte público, como a racionalização das linhas e escalonamento das paradas, fiscalização eletrônica e um sistema de informação ao usuário. Também quer incentivar a utilização de ônibus que usem combustíveis de fontes renováveis, aproveitando de maneira crescente o biogás de aterros sanitários. Segundo seu plano de governo, pretende promover uma aceleração da transição dos transportes públicos para energia limpa.
Sebastião Melo (PMDB)
O atual vice-prefeito propõe a implantação de novos modelos de transporte público, com o uso de tecnologias de comunicação e aplicativos de compartilhamento de veículos automotores. No programa de governo, Melo ainda defende o uso de combustíveis não poluidores nos ônibus de Porto Alegre e a priorização do uso de BRTs. O candidato pretende estimular o acesso universal ao sistema de transporte coletivo, com a frota 100% acessível.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO