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Opinião

- Publicada em 26 de Setembro de 2016 às 15:06

Insegurança, um problema complexo

O problema da insegurança não se resolve apenas com mais policiais e mais presídios. Também não se resolve só com novas escolas e mais opções de lazer e esporte à disposição da juventude. E igualmente não terá fim mesmo quando houver - que um dia haverá de ter! - empregos e oportunidades para todos os jovens. Só resolveremos o imbróglio, permitindo que as pessoas saiam de suas casas para trabalhar, estudar e fazer girar a roda da economia, quando esses três nós estiverem desatados. E é justamente por isso que o problema da insegurança é o mais complexo que temos, como sociedade, de enfrentar.
O problema da insegurança não se resolve apenas com mais policiais e mais presídios. Também não se resolve só com novas escolas e mais opções de lazer e esporte à disposição da juventude. E igualmente não terá fim mesmo quando houver - que um dia haverá de ter! - empregos e oportunidades para todos os jovens. Só resolveremos o imbróglio, permitindo que as pessoas saiam de suas casas para trabalhar, estudar e fazer girar a roda da economia, quando esses três nós estiverem desatados. E é justamente por isso que o problema da insegurança é o mais complexo que temos, como sociedade, de enfrentar.
A situação é emergencial. Por isso, deve ser enfrentada com ações de retorno imediato, como a contratação de mais PMs, por exemplo.
Mas só isso não basta. Tenho convicção de que, apesar do imenso déficit do número de homens, o maior obstáculo da luta contra a violência não está na polícia (ou, no caso, na falta dela). Está, sim, na confluência de outros dois fatores: uma legislação anacronicamente frouxa e na falta de presídios, que acaba por deixar do lado de fora uma imensidão de malfeitores que deveriam estar atrás das grades. Os dois aspectos tornam a propagada "sensação de impunidade" mais que uma mera sensação. Há verdadeiramente uma impunidade alarmante que incentiva os criminosos a persistirem.
Todos os dias, as polícias militar e civil prendem as pencas. Todos os dias, presos que deveriam estar cumprindo pena são soltos por causa da legislação branda e, principalmente, pela falta de lugar nos presídios. Essas masmorras modernas, lugares horrendos, onde não há recuperação de ninguém, lotadas ao ponto de até a carceragem ter perdido o controle, são verdadeiras escolas do crime. Não é o estado que manda nas cadeias. São os próprios presos.
Há um longo percurso a ser percorrido até que tenhamos, como sociedade, resolvidas as origens do problema social da violência. Temos que ter mais educação, mais esporte, mais lazer e mais oportunidades. Mas também precisamos reformar a legislação, contratar mais policiais e abrir novas vagas nos presídios. Acima de tudo, precisamos começar a enfrentar o problema. Adiar o embate o torna ainda pior do que já é.
Deputado federal (Rede)
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