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Opinião

- Publicada em 15 de Setembro de 2016 às 16:18

Tempo de violência

Acordo todos os dias igualmente preenchido por extremo deleite e profundo receio. Regozijo-me de poder aproveitar a companhia de meus filhos durante alguns instantes da manhã, antes do trabalho. Mas não tenho certeza se nos veremos à noite. Não sei quão simplórios ou exigentes são os meus planos de sobreviver até o final do dia, da semana, do mês, do ano. A violência não parece encontrar limites.
Acordo todos os dias igualmente preenchido por extremo deleite e profundo receio. Regozijo-me de poder aproveitar a companhia de meus filhos durante alguns instantes da manhã, antes do trabalho. Mas não tenho certeza se nos veremos à noite. Não sei quão simplórios ou exigentes são os meus planos de sobreviver até o final do dia, da semana, do mês, do ano. A violência não parece encontrar limites.
Ela está em todos os lugares, sob as mais variadas formas. Há a violência estética, percebida quando se caminha por uma cidade vandalizada, suja e mal conservada. Há a violência social, agravada pelo desemprego elevado, com seres humanos atirados ao chão como se fossem trapos e pedindo esmolas em sinaleiras apenas para adquirirem a próxima refeição ou o refúgio nas drogas. Há, ainda, dentre tantas outras, e tão intimamente relacionada a todas elas, a violência física, em nada seletiva: nos afeta a todos.
Essa violência, que saca seres humanos de seus entes humanos todos os dias, como laranjas que caem de um pomar, nos assola como o grande mal de nosso tempo. O número de homicídios segue sendo uma das principais causas de morte entre os gaúchos, mesmo se considerarmos doenças graves ou ainda nosso trânsito, caótico e igualmente violento.
A violência é o grande mal de nosso tempo, em todas as suas facetas. É ela que destrói famílias, planos e rouba nossa tranquilidade, corroendo-a. E aí fica a dúvida: até quando a segurança pública vai seguir sendo tema de "grenalização" e vai passar a ser a pauta de todo e qualquer político? Quando os gaúchos terão, diante de seus olhos, um plano claro para a nossa segurança? Não podemos esperar o próximo pleito eleitoral estadual. O que está esperando o governador? As vítimas, até agora, não o sensibilizaram o suficiente? Quando chegará o dia que todos nós poderemos olhar para nossos filhos e ter certeza das nossas palavras quando dizemos "te vejo de noite"? Basta de ter medo!
Advogado e professor universitário
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