Ouvir, analisar, selecionar e votar

Momento especial! "Não perco tempo. Não vale a pena. São todos iguais, despreparados, gananciosos, incompetentes, apenas pensam em interesses próprios. A corrupção nem a Lava Jato consegue estancar. Vou votar em branco. Se fosse facultativo, nem compareceria." Ainda agora, um candidato nos disse, com enorme sentimento, claro, não só teve de ouvir como, em acréscimo, ao entregar o "santinho" o eleitor pegou e de pronto rasgou e jogou fora!

São frustrações acumuladas, sem dúvida. Pesquisa recente revela que parcela expressiva do eleitorado, em sendo indagada em quem votou nas últimas eleições, respondeu "não lembro!". Será que não lembra ou tem vergonha de nominar? Pode ser amnésia passageira recomendada pelas circunstâncias desfavoráveis. Acreditamos provável.

Como a democracia, apesar de tudo quanto se possa dizer, melhor regime, único que oportuniza ao povo escolher seus representantes, conveniente reflitamos sobre a nossa missão. Parece óbvio que todos almejamos acertar, ainda que não raro erremos. Para decisão pessoal o período eleitoral, não antes nem depois, como estamos vivendo. É o nosso momento. Não podemos desperdiçá-lo.

Não são todos os candidatos iguais, nem incompetentes e desonestos. Sempre temos alguém sério e competente, ingredientes essenciais. Se apenas sério, estaremos simplesmente empregando o candidato, porque do nada não se extrai nada! Se competente e não sério, resultado desastroso inevitável. O voto, instrumento valioso, não se compra nem se vende, mas apenas objeto de conquista. Com efeito, ouvir, analisar, refletir, selecionar e votar, caminho essencial hoje e sempre. Enfim, como tudo ocorre no município, nele o exercício pleno da cidadania. Sejamos ativos e vigilantes para que a incompetência e a maldita corrupção não logrem espaço. Assim seja!