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Internacional

- Publicada em 29 de Setembro de 2016 às 15:19

Pesquisa mostra que 67,8% desejam a saída de Maduro

Apenas 23,5% dos eleitores defendem permanência do presidente

Apenas 23,5% dos eleitores defendem permanência do presidente


JUAN BARRETO/AFP/JC
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Verebarómetro mostrou que 67,8% dos venezuelanos votariam contra Nicolás Maduro em um eventual referendo revogatório - mecanismo que permitiria destituir o presidente antes do fim de seu mandato, em 2019. O estudo tem margem de erro de 2,37 pontos percentuais e é realizado em um momento de aguda crise econômica no país.
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Verebarómetro mostrou que 67,8% dos venezuelanos votariam contra Nicolás Maduro em um eventual referendo revogatório - mecanismo que permitiria destituir o presidente antes do fim de seu mandato, em 2019. O estudo tem margem de erro de 2,37 pontos percentuais e é realizado em um momento de aguda crise econômica no país.
A pesquisa mostrou que apenas 23,5% dos eleitores consultados votariam pela permanência do presidente. A oposição da Venezuela deseja realizar um referendo revogatório contra Maduro ainda neste ano, já que, caso a votação ocorra depois de 10 de janeiro e Maduro perca, o mandato será concluído pelo vice-presidente. Se o presidente perdesse a votação antes dessa data, seriam convocadas novas eleições.
O Conselho Nacional Eleitoral decidiu na semana passada que a oposição precisa coletar assinaturas de 20% de todos os eleitores em cada estado, durante um período de apenas três dias a partir de 26 de outubro. Caso consiga, o referendo será marcado para o primeiro trimestre do próximo ano, disse o órgão. A oposição criticou o comportamento do conselho, dominado pelos governistas, argumentando que a eleição presidencial não ocorre diferentemente em cada estado, mas em nível nacional. Ainda assim, a Mesa de Unidade Democrática, a coalizão oposicionista, afirmou que manterá a iniciativa.
Os ministros das Relações Exteriores da Argentina (Susana Malcorra), do Brasil (José Serra), do Chile (Heraldo Muñoz), do México (Claudia Ruiz Massieu), do Paraguai (Eladio Loizaga) e do Peru (Ricardo Luna) divulgaram declaração questionando as regras da Justiça Eleitoral venezuelana. Segundo eles, o método anunciado no dia 21, para reunir as assinaturas de 20% dos eleitores, tem como objetivo "adiar o referendo revogatório até 2017".
Na declaração, os chanceleres dizem estar dispostos a contribuir para "o entendimento mútuo, a estabilidade política, a recuperação econômica e os direitos humanos na Venezuela". Com uma inflação anual de três dígitos (que, segundo o FMI, pode chegar a 700%) e a falta de comida e remédios, Maduro está perdendo o apoio dos venezuelanos - mesmo daqueles que, nos últimos 17 anos, votaram em Hugo Chávez e seus seguidores.
Agora, a permanência da Venezuela no Mercosul também está sendo questionada. Três dos quatro países fundadores (Argentina, Brasil e Paraguai) consideram que a Venezuela não respeita os direitos humanos. O Uruguai, quarto membro fundador, manteve posição neutra.
 
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