O líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo "Timochenko" Londoño, abriu, no sábado, a décima conferência da guerrilha, num acampamento nos Llanos del Yarí, perto de San Vicente del Caguan, na Colômbia. O objetivo do encontro, que durará cinco dias, é aprovar o acordo de paz elaborado pelas equipes de negociadores das Farc e do governo em Havana.
Uma vez referendado pelos guerrilheiros, o documento será assinado por Timochenko e o presidente Juan Manuel Santos, no próximo dia 26, em Cartagena. No dia 2 de outubro, será a vez de a população colombiana ir às urnas em plebiscito para dizer "sim" ou "não" ao acordo. Se a alternativa "sim" tiver mais de 13% dos votos, ou seja 4,5 milhões, o acordo será implementado.
"Precisamos conseguir que a paz se transforme em uma realidade em nosso país, mas sobre uma base de justiça social e democracia", disse Timochenko. Aos que vislumbram a ideia de não aceitar o acordo, o guerrilheiro reafirmou que nem o Estado nem a guerrilha saíram vencedores. "Se nossos adversários estão dizendo que ganharam a guerra, deixe que digam. Para as Farc, a maior satisfação será dizer que quem ganhou foi a paz."